Os produtos de investimento em ativos digitais registraram saídas de US$ 352 milhões na última semana, de acordo com relatório da CoinShares. O número reflete uma leve queda no apetite por risco, mas o saldo acumulado no ano ainda mostra forte expansão, com US$ 35,2 bilhões de entradas líquidas, superando os dados de 2024 no mesmo período.
Apesar da retração semanal, o desempenho dos ETFs de Bitcoin foi positivo. A criptomoeda líder atraiu US$ 524 milhões em aportes, enquanto o Ethereum sofreu a maior pressão, com saídas de US$ 912 milhões em apenas sete dias. Esse contraste reforça o movimento de investidores que preferem ativos mais consolidados em momentos de incerteza.
O mercado brasileiro registrou entradas de US$ 3,5 milhões na semana, um número modesto, mas significativo em um contexto de fluxos negativos nos Estados Unidos, que lideraram as saídas globais com US$ 440 milhões. O resultado mostra que, mesmo em meio à volatilidade internacional, o Brasil segue atraindo recursos para veículos regulados de criptoativos.
Entre os emissores de ETFs, os dados revelam movimentações divergentes. Enquanto a ProShares, dos EUA, captou US$ 126 milhões, nomes tradicionais como Grayscale e Bitwise perderam respectivamente US$ 131 milhões e US$ 126 milhões. O contraste evidencia a competição acirrada entre gestores e o impacto da expectativa por novas reduções de juros no cenário internacional.
ETFs de criptomoedas
Na Europa, a Alemanha liderou as entradas, com US$ 85,1 milhões, seguida por Hong Kong, com US$ 8,1 milhões. A região asiática, mesmo com fluxos menores, mantém estabilidade e reforça o papel de Hong Kong como ponte de liquidez no continente.
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Entre os ativos, além do Bitcoin, Solana e XRP mantiveram desempenho consistente. A Solana completou 21 semanas consecutivas de entradas, somando US$ 1,16 bilhão no ano, enquanto o XRP já acumula US$ 1,22 bilhão em aportes em 2025. Esses números mostram que investidores estão diversificando suas posições, apostando também em projetos alternativos.
No Brasil, a presença de gestoras locais e o crescimento do interesse institucional sustentam a visão de que o país ocupa posição estratégica no avanço dos ETFs de cripto. Mesmo com entradas menores em comparação a grandes mercados, o desempenho positivo reforça a confiança dos investidores no potencial de longo prazo.
Além disso, com a proximidade da reunião do Federal Reserve em 17 de setembro, analistas, como os especialistas da Coinbase, destacam que os ETFs devem continuar refletindo a sensibilidade dos mercados a decisões de política monetária.