A Polícia Civil prendeu, na noite desta quinta-feira (4), um homem acusado de furtar energia elétrica para manter uma operação clandestina de mineração de Bitcoin na Ilha do Governador, Zona Norte do Rio. A ação foi conduzida por agentes da 37ª DP (Ilha do Governador) após denúncias de moradores incomodados com o barulho constante vindo de uma residência na Rua Magno Martins.
De acordo com os investigadores, a casa chamava atenção porque estava iluminada, mas não possuía medidor de energia instalado. Ao entrar no local, os policiais encontraram diversas máquinas de alto desempenho, conhecidas pelo alto consumo elétrico, ligadas de forma contínua para sustentar a atividade de mineração.
A perícia técnica confirmou que havia uma ligação clandestina feita diretamente da rede, desviando a energia usada no esquema.
O delegado Felipe Santoro afirmou que o responsável alugou o imóvel exclusivamente para abrigar os equipamentos de criptomoedas. Segundo ele, o suspeito planejou o furto de energia para manter a estrutura funcionando dia e noite, sem custos com a conta de luz. O suspeito acabou preso em flagrante e levado para a delegacia, onde responderá por furto qualificado.
Preso por minerar Bitcoin
A mineração de criptomoedas, como o Bitcoin, é um processo que valida e registra todas as transações feitas na rede. Para isso, computadores de alto desempenho resolvem cálculos matemáticos complexos, que garantem a segurança do sistema. A blockchain registra cada operação validada e organiza, de forma transparente, todas as movimentações realizadas com a moeda.
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Embora seja uma atividade legítima quando realizada de forma regularizada, a mineração exige alto gasto energético. Empresas ou indivíduos que não pagam pela eletricidade ou tentam burlar as regras acabam cometendo crimes, como o furto de energia identificado no caso do Rio de Janeiro. Além disso, operações clandestinas costumam escapar da fiscalização tributária, podendo estar ligadas a lavagem de dinheiro e até fraudes cibernéticas.
A Polícia Civil destacou que casos como esse representam não apenas prejuízo financeiro para a concessionária de energia, mas também risco para a população. Ligações clandestinas podem gerar sobrecarga na rede, curto-circuitos e até incêndios em áreas residenciais. Em bairros densamente povoados, qualquer falha pode colocar centenas de pessoas em perigo.