No mercado de criptomoedas, as desvalorizações continuaram fortes ao longo do fim de semana, confirmando o status de agosto como “mês do desgosto”. O Bitcoin (BTC) perdeu 2,9% na semana e fechou o mês passado em queda de 6,94%. Já nesta segunda-feira (01), o Bitcoin caiu 0,1% e abriu o dia valendo US$ 108.319.
Essa desvalorização representou a continuidade de uma tendência: desde 2022 o Bitcoin não registra fechamento positivo no mês de agosto. A última vez que o preço do Bitcoin se valorizou neste mês foi em 2021, quando a criptomoeda subiu 13,8%. Além disso, 2025 é o único ano pós-halving da série histórica no qual o Bitcoin fechou agosto com perdas.
Por outro lado, os detentores de altcoins, sobretudo do Ethereum (ETH), estão rindo com todos os dentes à mostra. A altcoin “flipou” o Bitcoin e se valorizou 18,8% no mês. E ao contrário do BTC, o ETH quebrou sua sequência negativa de agosto e reforçou a ideia de que a altseason chegou de vez neste ciclo.
Embora o Top 10 tenha aberto setembro em queda, a maioria das altcoins se valorizou dois dígitos em agosto. Solana (SOL) subiu 21%, Cardano (ADA) se valorizou 15% e a Dogecoin (DOGE) teve alta de 8,5%.
Bitcoin hoje: menor nível desde junho
A última semana de agosto começou com o pé esquerdo para o Bitcoin, que caiu de mais de US$ 115 mil na noite de domingo (24) para menos de US$ 111.000 na manhã de segunda-feira (25). Apesar de uma breve tentativa de recuperação para US$ 113.500, os vendedores mantiveram a pressão nos dias seguintes.
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Como resultado, o preço do BTC caiu para menos de US$ 109 mil no meio da semana e oscilou entre esse faixa e US$ 111 mil. Os compradores tentaram fazer a tendência de alta voltar, mas não conseguiram.
Outra recuperação malsucedida ocorreu na quinta-feira (28), mas a força de baixa geral colocou ainda mais pressão de venda sobre o Bitcoin. Como resultado, o BTC caiu para menos de US$ 108 mil durante o fim de semana e caiu ainda mais, para pouco mais de US$ 107 mil na manhã desta segunda-feira (01).
Foi o menor preço do Bitcoin desde 21 de junho, quando a criptomoeda valia US$ 101 mil. Desde então o Bitcoin voltou para a região dos US$ 108 mil e agora segue lateralizado dentro desta tendência. De acordo com o CoinGecko, a dominância do Bitcoin ficou em 56,3%, enquanto a do Ethereum caiu para 13,8%.
TRUMP e FIL sobem
A maioria das altcoins seguiu a trajetória descendente do Bitcoin na última semana. Nos gráficos diários, o vermelho ainda domina, mas de forma menos dolorosa.
No Top 10, o Ethereum cai 1,9% nesta segunda-feira e seu preço é de US$ 4.386. A XRP também caiu 1,9%, enquanto a Solana (SOL) perdeu 2,2% e também o suporte de US$ 200. A BNB, por sua vez, vale US$ 852, uma perda de 0,8% nas últimas 24 horas.
Criptomoedas como CRO e PI, que estavam entre as poucas altcoins no verde no final da semana anterior, registraram quedas fortes. O token da Crypto.com despencou 5%, enquanto o token da Pi Network caiu mais de 8%.
O valor total do mercado de criptomoedas se aproxima de US$ 3,9 trilhões na CoinGecko, após cair para US$ 3,8 trilhões no início do dia. De acordo com André Franco, CEO da Boos Research, o Bitcoin está diante de uma “armadilha de US$ 84 trilhões”.
“É basicamente uma mudança geracional. Estamos falando de uma medida de transferência geracional de riquezas entre 2023 e 2035 que já vem sendo falada há bastante tempo”, disse Franco.