O Top 10 voltou a registrar fortes perdas e entrar no território negativo nesta sexta-feira (29). Entre as 10 maiores criptomoedas, XRP e Dogecoin (DOGE) caíram cerca de 4%, enquanto o Ethereum (ETH) liderou as perdas com queda de 5,5%.
Já o preço do Bitcoin (BTC) se desvalorizou 2,7% e voltou a ficar abaixo de US$ 110 mil. De acordo com o CoinGecko, o volume de negociação teve leve alta e subiu para US$ 40,3 bilhões nas últimas 24 horas. Como resultado, o Bitcoin caminha para registrar perdas de 5,14% em agosto, iniciando uma série bastante negativa para o mês.
Desde 2022, o Bitcoin sempre fechou agosto com perdas, a maior delas foi justamente nesse ano, quando o BTC caiu 13,88%. Só que o dado inédito é que 2025 é o primeiro ano pós-halving em que o Bitcoin registra queda. Nos três períodos anteriores (2013, 2017 e 2021) o preço do Bitcoin sempre fechou agosto com alta de pelo menos 10%.
Essa diferença mostra que 2025 está se mostrando um ano atípico no qual o Bitcoin pode demorar mais para atingir seu topo histórico de preço. Vários analistas já projetam que o topo histórico do Bitcoin pode ocorrer apenas em 2026, enquanto outros afirmam que o mercado já se encontra em tendência de baixa.
As perdas também dominaram o Top 100, mas o token PYTH se destacou pelo lado positivo ao disparar quase 90% nas últimas 24 horas. Essa disparada ocorreu após o governo dos Estados Unidos disponibilizar os dados de crescimento do PIB na blockchain, algo que consolidou o preço do token.
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Análise dos ciclos do Bitcoin
O analista Egrag Crypto publicou uma análise nesta sexta-feira comparando o desempenho do Bitcoin em quatro ciclos principais com o S&P 500. De acordo com Egrag, cada ciclo sucessivo gerou ganhos menores, mas as tendências de alta duraram mais.
Por exemplo, no Ciclo 1, o grau de crescimento da criptomoeda atingiu 61%, seguido por 42% no Ciclo 2 e 35% no Ciclo 3. No entanto, para o ciclo atual, Egrag estima um pico de crescimento de 27% em dezembro de 2025.
Embora marque uma queda considerável em relação aos ciclos anteriores, não indica o fim do momentum. O analista afirmou que a desaceleração do crescimento frequentemente resulta em ciclos prolongados. Ou seja, o Bitcoin não terá picos explosivos de alta, mas vai crescer de forma mais lenta por mais tempo.
No caso de Egrag, sua projeção é que o topo histórico deste ciclo chegue no primeiro trimestre de 2026.
Seus cálculos mostram que a desvalorização média entre os ciclos é de 11,3%, enquanto a queda geral do Ciclo 1 ao Ciclo 4 é de aproximadamente 56%. Eles acreditam que essa redução gradual reflete um mercado em amadurecimento, em vez de um mercado em declínio.
“O gráfico está em tendência de alta, mas o grau de crescimento em cada ciclo está diminuindo”, observou Egrag, sugerindo que dezembro pode trazer o próximo pico do ciclo antes de um período de arrefecimento.
Pyth Network dispara com integração de dados
A Pyth Network atraiu a atenção do mercado de criptomoedas em geral com a disponibilização on-chain dos dados do PIB dos EUA. Howard Lutnick, Secretário de Comércio dos EUA, anunciou a mudança para blockchain em busca de transparência, e a escolha da Pyth.
Como resultado, o preço do token PYTH disparou quase 90% e vale US$ 0,2314 no momento da publicação desta matéria. Agora, o token mira o nível de Fibonacci de 61,8% em US$ 0,2653, que se estende de US$ 0,5533 em 3 de dezembro para US$ 0,0807 em 22 de junho.
Os indicadores de momentum no gráfico diário compartilham um viés de alta, com o Índice de Força Relativa (RSI) em 79 entrando na zona de sobrecompra e o Índice de Convergência e Divergência das Médias Móveis (MACD) disparando com sua linha de sinal.
Por outro lado, se o PYTH recuar abaixo do nível de retração de 50% em US$ 0,2114, poderá cair para o nível de Fibonacci de 38,2% em US$ 0,1664.