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Colapso econômico faz adoção de stablecoins explodir na Venezuela

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A crescente taxa de adoção de criptomoedas é inegável, mas a América Latina acelerou o ritmo dessa adoção. E um dos responsáveis por isso é a Venezuela, que viu um crescimento exponencial na adoção de stablecoins. Nesse sentido, as stablecoins viraram uma ferramenta de sobrevivência para os cidadãos venezuelanos.

Isso porque assim como acontece na Bolívia, a Venezuela encontra-se em um estado de colapso severo. Somente nos últimos 12 meses, o bolívar venezuelano perdeu mais de 70% do seu valor. De acordo com o Banco Central da Venezuela (BCV), a taxa de inflação de 12 meses chegou a 107%.

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Com mais de uma década de má gestão e políticas monetárias inadequadas, os venezuelanos desistiram da moeda. E passaram a recorrer às stablecoins. Segundo um relatório da Chainalysis, o país é o 13º no mundo com a maior adoção de criptomoedas e o segundo na América Latina, atrás somente do Brasil.

Só no ano passado, o crescimento na adoção de criptomoedas no país foi de 110%. Em 2025, somente a Bolívia teve uma adoção maior, visto que o colapso nas reservas de dólares do país fez o interesse por stablecoins crescer. Agora, em 2025, as criptomoedas se tornaram uma parte essencial da economia da Venezuela, com os cidadãos usando criptomoedas ativamente para combater o colapso do bolívar e o controle do governo.

Dessa forma, stablecoins como o Tether (USDT), com preço atrelado ao dólar americano, tornaram-se um meio de pagamento diário. Vários locais já precificam seus produtos e serviços em dólar e dão preferência ao pagamento com stablecoins.

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Chainalysis.
Os 13 países com a maior adoção de criptomoedas no mundo. Fonte: Chainalysis.

Venezuelanos usam stablecoins para fugir da crise

A adoção de criptomoedas na Venezuela é visível em todas as ruas e até nos altos escalões do governo. De fato, autoridades do país chegaram a utilizar USDT como forma de driblar as sanções impostas pelo governo dos Estados Unidos.

Nas ruas, pequenas lojas familiares e até grandes lojas de varejo já adotam USDT, de acordo com relatos locais. Todos no país agora aceitam ativamente pagamentos em criptomoedas. A maioria das pessoas e lojas utiliza carteiras de exchanges famosas, como a Binance.

Víctor Sousa, morador de Caracas, capital da Venezuela, disse à imprensa que usa ativamente USDT para compras e planeja investir suas economias em criptomoedas. Sousa afirmou que essa é a única forma de impedir que o dinheiro perca valor todo dia.

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Outra forma proeminente de adoção é na educação: as universidades venezuelanas passaram a oferecer cursos voltados para criptomoedas. De acordo com o economista Aarón Olmos, as pessoas estão escolhendo criptomoedas porque a Venezuela enfrenta alta inflação, baixos salários e dificuldade para abrir contas bancárias.

Para elas, criptomoedas não são um luxo; são uma necessidade para sobreviver. E Olmos afirma que as universidades estão se adaptando para ensinar as pessoas a usar essas ferramentas.

O governo venezuelano também tenha demonstrado sinais contraditórios em relação às criptomoedas. Ao mesmo tempo que usa stablecoins para evitar sanções, a ditadura de Nicolás Maduro chegou a proibir a mineração de Bitcoin e outras criptomoedas em 2024. Mas os cidadãos agiram por conta própria e passaram a adotar criptomoedas desde 2018.

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