Nesta quarta-feira (20), a MetaMask revelou oficialmente sua stablecoin nativa, a mUSD, que funcionará nas redes Ethereum e Linea. A nova stablecoin chegará ao mercado até o final de 2025, afirmou a carteira em seu anúncio.
De acordo com a empresa, a mUSD terá integração total ao ecossistema DeFi da MetaMask. Nesse sentido, ela permitirá que os usuários da carteira Ethereum convertam criptomoedas autocustodiadas para dólar com facilidade. A mUSD será a primeira stablecoin lançada pela carteira, conforme noticiado pelo CriptoFácil em 13 de agosto.
Para emitir a mUSD, a MetaMask fez uma parceria com a Bridge, uma empresa pertencente a holding de pagamentos Stripe. E em conformidade com a Lei GENIUS, a stablecoin terá como lastro ativos equivalentes em dólar na proporção de 1:1.
No lançamento, previsto para o final deste ano, a stablecoin estará disponível nas carteiras Ethereum e Linea, dentro da MetaMask. Esta última é uma blockchain de Camada 2 desenvolvida pela Consensys, empresa controladora da MetaMask.
Até o final do ano, porém, a MetaMask planeja habilitar o mUSD como método de pagamento para o cartão de débito físico MetaMask Card. Lançado no ano passado, o cartão já está disponível no Brasil desde dezembro, mas a empresa não afirmou se a mUSD e suas funcionalidades estarão disponíveis aqui.
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Aposta nas stablecoins
Com o lançamento da mUSD, a MetaMask dobra a sua aposta no setor de stablecoins. Essa corrida se intensificou nos últimos dois meses com a aprovação da Lei GENIUS, que facilitou a emissão desses tokens nos EUA. A medida fará com que a desenvolvedora de carteiras se junte a um grupo cada vez mais concorrido de participantes.
Mas apesar do aumento no número de emissores de stablecoins, a liderança da MetaMask está confiante de que a mUSD terá uma vantagem de escala. De acordo com dados da MetaMask, a carteira possui mais de 100 milhões de usuários, sendo que entre 10 e 30 milhões estão ativos todos os meses.
Ajay Mittal, vice-presidente de estratégia de produtos da MetaMask, disse que a integração da mUSD em todo o ecossistema da MetaMask oferecerá à stablecoin diversas vantagens. Essa integração permitirá a conversão rápida de tokens em mUSD e o gasto da stablecoin no dia a dia através do cartão.
Dessa forma, os usuários da carteira não vão precisar enviar tokens para plataformas externas. E a mUSD terá custos mais baixos, maior compatibilidade e fluxos de transações mais fluidos, disse ele. Mittal acrescentou que, da perspectiva da MetaMask, o objetivo é que a mUSD não apenas se torne a camada de liquidez conectiva dentro do ecossistema da carteira, mas também em todo o sistema de finanças descentralizadas (DeFi).