O mercado de criptomoedas registrou uma recuperação expressiva, impulsionada pelo retorno do apetite institucional e pelo avanço de ativos alternativos como Ethereum (ETH) e Solana (SOL) nos contratos futuros da CME. De acordo com dados compilados pela Coindesk Research, os volumes institucionais da CME cresceram 31,7%, atingindo US$ 260 bilhões no mês.
Esse crescimento foi liderado pela forte procura por altcoins. Os futuros de ETH saltaram 68,7%, alcançando US$ 72 bilhões, enquanto os futuros de SOL dispararam 274,9%, somando US$ 5,5 bilhões. Em comparação, os futuros de Bitcoin tiveram avanço mais modesto, subindo 13,54% para US$ 156 bilhões.
A alta não ficou restrita aos contratos futuros. As negociações de opções avançaram 62,1%, totalizando US$ 4,38 bilhões. Nesse segmento, as opções de ETH tiveram alta de 109,5%, chegando a US$ 769 milhões, enquanto as opções de BTC cresceram 54,7%, somando US$ 3,7 bilhões. Esses números confirmam uma tendência clara de diversificação, com investidores institucionais ampliando sua exposição para além do Bitcoin.
Além disso, o interesse em posições alavancadas também bateu recordes. O open interest em bolsas centralizadas subiu 38,9% para US$ 180 bilhões, o maior patamar do ano. A CME ficou com 16,8% desse total, atrás apenas da Binance, que liderou com 20,2%, e à frente da Bybit, com 12,2%.
Demanda por Ethereum e Solana
O desempenho da Solana chamou atenção, já que seu salto percentual no mercado futuro superou o de qualquer outro ativo relevante no mês. Analistas apontam que o aumento de liquidez e a expansão do ecossistema da rede ajudam a explicar o interesse. Com isso, SOL passou a figurar como alternativa estratégica para diversificação de portfólios, especialmente entre fundos que buscam ativos de alta volatilidade, mas com fundamentos sólidos.
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Enquanto isso, no mercado spot, as negociações cresceram 53,7%, chegando a US$ 2,2 trilhões — o maior volume desde fevereiro. As três principais exchanges, Binance, Bybit e OKX, concentraram cerca de 73% dessa atividade, reforçando a centralização de liquidez em plataformas líderes.
O mercado de derivativos, mesmo alcançando um volume anual recorde de US$ 6,5 trilhões, perdeu participação relativa, recuando de 77,6% para 71,3% do total negociado. Isso ocorreu porque o crescimento do mercado spot foi mais acelerado, indicando que parte da demanda se deslocou para negociações à vista.
“Com ETH e SOL registrando altas explosivas nos contratos futuros da CME, o mercado de criptomoedas entra no segundo semestre com um cenário favorável para ativos alternativos e uma base institucional cada vez mais diversificada. Essa dinâmica reforça a percepção de que, no próximo ciclo, a liderança de mercado não estará restrita ao Bitcoin”, destaca o relatório.