O Bitcoin (BTC) teve mais um dia típico de movimentos de consolidação. Nesta quinta-feira (17), a criptomoeda teve leve queda de 0,4% e seu preço oscilou entre US$ 117.900 e US$ 120 mil. Até o fechamento desta matéria, um Bitcoin vale US$ 118.318, de acordo com o CoinGecko.
No entanto, o Bitcoin foi a única criptomoeda do Top 10 a registrar perdas, já que todas as outras tiveram fortes altas. O Ethereum (ETH) disparou 9,7% e abriu o dia cotado a quase US$ 3.500. Já a Cardano (ADA) se valorizou 9,8%, chegou a US$ 0,81 e teve a maior valorização do dia.
Este padrão se repetiu ao longo de todo o Top 100, com destaque para as memecoins. A FLOKI teve o maior ganho do dia, já que seu preço disparou 26%, enquanto a FARTCOIN teve alta de 22%. O mesmo aconteceu com a BONK, cuja valorização de 12% deu continuidade a forte semana positiva no preço da memecoin.
Para vários analistas, esta discrepância é um indicativo de que a chamada “altseason” finalmente começou. Mas por que o preço do Bitcoin não conseguiu acompanhar as demais criptomoedas?
Por que o Bitcoin não se valorizou?
Após finalmente conseguir romper a resistência de US$ 110 mil, o Bitcoin parece entrar em uma nova zona de consolidação. É o que aponta Guilherme Prado, country manager da Bitget, citando US$ 125 mil como a próxima resistência.
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“Se o Bitcoin romper US$ 120.700 com força, pode mirar novamente o topo e seguir em direção a US$ 126 mil e, no médio prazo, mirar a faixa entre US$ 140 mil e US$ 155 mil. Caso perca a média de US$ 115.300, aumentam as chances de correção mais acentuada até US$ 113.700 ou abaixo”, explicou Prado.
Ou seja, não se trata de perda de força do Bitcoin, mas apenas de uma natural consolidação. Vale lembrar que o ativo se valorizou de US$ 108 mil para US$ 123 mil no espaço de apenas um fim de semana. Isso significa que o BTC adicionou mais de US$ 15.000 em apenas dois dias.
É natural que movimentos dessa magnitude vejam uma correção e estabilização surgir depois. A correção ocorreu na terça-feira (15), quando o Bitcoin chegou a cair para US$ 116 mil, mas conseguiu manter este suporte.
Movimentação da política monetária nos Estados Unidos e pressões inflacionárias continuam sendo fatores de volatilidade para o mercado. As decisões do Federal Reserve e dados de inflação têm efeito direto na disposição ao risco do mercado.
Quanto aos indicadores técnicos, o Índice de Força Relativa do Bitcoin (RSI) segue em 74, próximo da região de “sobrecompra”. No entanto, ainda está longe dos níveis mais altos vistos nos ciclos de alta anteriores. De fato, o RSI atual é mais baixo do que os 79 registrados em março de 2024, quando o BTC atingiu o topo de US$ 74.000.
