O preço do Bitcoin hoje fez uma nova tentativa de romper o consolidado nível de US$ 109 mil. Nesta quinta-feira (03), a criptomoeda se valorizou 1,9% e chegou a atingir US$ 110 mil, mas teve um leve recuo e ficou acima de US$ 109.700.
Conforme destacou Guilherme Prado, coutry manager da Bitget no Brasil, o volume do mercado estava fraco na quarta-feira (02), indicando cautela dos investidores. Por outro lado, as vendas de holders antigos seguem ativas e o mercado continua absorvendo esse impacto.
“A resistência em US$ 108 mil e US$ 109 mil é forte. Somente um rompimento consistente com volume pode abrir espaço para testar US$ 111.000 e, eventualmente, novas máximas históricas”, disse Prado.
O movimento do preço do Bitcoin de superar os US$ 109 mil é um sinal de que a força compradora pode estar vencendo.
Entre as principais altcoins, a Dogecoin (DOGE) valorizou 7,8% e liderou as altas no Top 10, enquanto o Ethereum (ETH) subiu quase 6% e recuperou o nível de US$ 2.500. Já as liquidações chegaram a US$ 332 milhões, com US$ 280 milhões vindos de posições vendidas. O Bitcoin lidera as perdas com US$ 109 milhões e o ETH vem logo atrás com US$ 103 milhões.
Com a nova alta do Bitcoin, duas visões predominam no mercado. A primeira, mais otimista, projeta a criptomoeda atingindo US$ 140 mil em seu topo histórico de 2025. Já a mais pessimista prevê uma nova correção e a volta do Bitcoin para US$ 90.000, como aconteceu no auge da Guerra de 12 Dias entre Israel e Irã.
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Bitcoin hoje: Peter Brandt prevê BTC a US$ 140 mil
Em uma mensagem enigmática na sua conta no X, o trader veterano Peter Brandt compartilhou a configuração atual do gráfico do par BTC/USD.
“Essa bandeira de baixa (caixa amarela) é tão óbvia para todos que não funciona? Ou este gráfico está prestes a cair de um penhasco? Só perguntando.”
A mensagem tinha um tom de sarcasmo, já que o gráfico estava invertido, dando a impressão de que o BTC entraria em correção. No entanto, os maiores valores estavam abaixo do eixo Y (a parte vertical do gráfico). Nessa projeção, Brandt afirmou que a próxima parada do preço do Bitcoin em US$ 140 mil, após o rompimento.
Essa previsão se alinha com o Bitcoin seguindo a trajetória da oferta monetária global, medida pelo M2, que recentemente atingiu a máxima histórica de US$ 55,48 trilhões. Desde 2024, o Bitcoin tem acompanhado de perto a trajetória do M2, e o rompimento atual pode ser um momento decisivo para o BTC.
No momento desta publicação, o preço do Bitcoin está sendo negociado a US$ 109.700, com seu volume diário de negociação subindo 20% e atingindo US$ 56 bilhões. Por outro lado, os dados da Coinglass mostram uma alta de 7,28% nos juros futuros do BTC, demonstrando um sentimento otimista entre os traders.
Além disso, os dados do de inflação dos Estados Unidos para junho podem desempenhar um papel crucial na definição da próxima trajetória do mercado. O mercado também aumento sua previsão de corte na taxa de juros pelo Fed neste mês, em julho. De acordo com o FedWatch, 25% dos analistas esperam um corte nos juros na reunião de 30 de julho, contra 12% na semana passada.
Arthur Hayes aposta em queda para US$ 90.000
Para Arthur Hayes, cofundador da BitMEX e CIO do fundo de investimento em criptomoedas Maelstrom, o mercado de criptomoedas pode apresentar uma tendência de queda nos preços antes do simpósio de Jackson Hole em agosto.
Em sua última previsão de mercado, Hayes apontou potenciais pressões de liquidez em dólar devido à reposição da Conta Geral do Tesouro (TGA), que, segundo ele, pode levar o Bitcoin para a faixa de US$ 90.000 a US$ 95.000.
“Acredito que entre agora e o discurso do Fed de Jackson Hole em agosto, a ser feito pelo cuck-toalha beta (sic) Jerome Powell, o mercado irá operar lateralmente ou ligeiramente em baixa”, escreveu Hayes.
Como medida de precaução, a Maelstrom liquidou todas as suas participações em altcoins que não possuem liquidez. O fundo também sinalizou que pode reduzir ainda mais sua exposição ao Bitcoin se as condições de mercado piorarem nas próximas semanas.
