O Bitcoin vive um novo momento de concentração com o crescimento do número de baleias de BTC. Afinal, o número de carteiras com mais de US$ 1 milhão em BTC cresceu fortemente desde o início de 2024, segundo dados da Glassnode. Essa alta coincide com uma onda de adoção institucional e o avanço regulatório nos Estados Unidos, criando um cenário mais positivo para a segunda metade de 2025.
Esse movimento sinaliza que empresas e fundos estão acumulando Bitcoin em ritmo acelerado. Muitas dessas aquisições ocorrem por meio de captações via ações ou emissão de dívida, estratégia que amplia a exposição ao BTC sem comprometer o caixa. Analistas da Coinbase afirmam que essa tendência aponta para uma pressão compradora sólida, embora alerte para possíveis riscos em caso de venda forçada no futuro.
A Coinbase destaca que tesourarias corporativas já atuam como novo motor de demanda no mercado cripto. O relatório institucional da empresa indica que essas entidades ampliaram suas reservas de Bitcoin com objetivos estratégicos, diante da redução do risco de recessão nos EUA e maior clareza regulatória sobre stablecoins e ETFs.
Embora a acumulação corporativa traga um novo nível de capital ao mercado cripto, também exige atenção a eventuais vencimentos de dívida ou quedas no preço. Contudo, os principais títulos vinculados a essas empresas só vencem a partir de 2029, o que reduz a chance de liquidação nos próximos anos.
Baleias de Bitcoin e América Latina
De acordo com um relatório da CoinEx, na América Latina, o Bitcoin avança por razões distintas. Inflação alta, desvalorização cambial e exclusão bancária incentivam milhões de pessoas a buscar o BTC como proteção. Países como Argentina e Venezuela enfrentam inflação superior a 100% ao ano, cenário que impulsiona o uso de criptomoedas como reserva de valor e instrumento de liberdade monetária.
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Além disso, metade da população economicamente ativa da região não tem conta bancária. Com apenas um celular e conexão à internet, é possível criar uma carteira de Bitcoin e participar da economia digital sem depender de bancos ou instituições financeiras tradicionais.
“As remessas internacionais em BTC estão transformando economias locais. Com taxas tradicionais que chegam a 10%, o Bitcoin oferece um canal mais barato e veloz para enviar recursos, especialmente em países como El Salvador e Honduras. A tecnologia Lightning Network acelera ainda mais essas transações, favorecendo trabalhadores e famílias”, destaca o relatório.