A emissora da stablecoin USDT, a Tether, congelou criptomoedas em carteiras ligadas a supostos crimes. Dessa vez, a empresa bloqueou US$ 225 milhões em USDT ligados a um esquema de fraude investigado pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DOJ).
De acordo com a empresa, o esquema envolvia um golpe conhecido como pig butchering (abate de porcos) e utilizava táticas sofisticadas de criptomoedas para enganar as vítimas. O golpe consiste em criar relações com a vítima via redes sociais e, depois, induzi-la a enviar criptomoedas para endereços sob controle dos criminosos.
O famoso “golpe do Tinder”, por exemplo, trata-se de um golpe de pig butchering. E pela sua ação, a Tether foi elogiada pelo DOJ por auxiliar nessa operação de fiscalização. Com o apoio da empresa, O DOJ utilizou ferramentas de rastreamento em blockchain que ajudaram a restringir o acesso aos ativos ilícitos.
Para congelar as criptomoedas, a Tether trabalhou em estreita colaboração com as autoridades durante toda a operação, destacando a crescente cooperação entre empresas de criptomoedas e autoridades no combate a crimes relacionados a ativos digitais.
Não foi a primeira vez que a Tether ajudou autoridades americanas a bloquear fundos roubados em golpes. Em setembro de 2024, a empresa bloqueou outros US$ 7,8 milhões ligados a carteiras envolvidas em lavagem de dinheiro.
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Tether congela criptomoedas
Conforme informou a Tether, o congelamento das criptomoedas está alinhada à sua missão de “promover conformidade, transparência e segurança no setor de ativos digitais”. Além disso, a empresa observou que já congelou mais de US$ 2,7 bilhões em USDT vinculados a atividades suspeitas.
Esses esforços são apoiados por ferramentas de monitoramento em blockchain em tempo real e parcerias com mais de 255 agências de fiscalização em mais de 55 países. Como parte desses esforços, a Tether atuou em diversos casos de grande repercussão.
Neste ano, em março, a Tether auxiliou o Serviço Secreto dos EUA no congelamento de US$ 23 milhões em USDT vinculados à corretora russa Garantex. A empresa estava sob alvos das sanções impostas pelo governo dos EUA após o início da guerra contra a Ucrânia.
De acordo com o CEO da Tether, Paolo Ardoino, o compromisso da empresa é proteger os usuários e manter os padrões regulatórios. Ele acrescentou que o trabalho com o DOJ destaca o papel proativo da empresa nesse sentido.
Por emitir a maior stablecoin do mercado, a Tether está há muito tempo no centro dos debates regulatórios. Em resposta, a empresa intensificou seus esforços de conformidade, especialmente com o avanço da Lei GENIUS nos EUA.
Aprovada recentemente pelo Congresso, a legislação exige que todos os emissores de stablecoins baseadas em dólar implementem sistemas capazes de congelar fundos vinculados a atividades ilegais. A Tether expressou sua disposição em cumprir a medida e se adaptar aos padrões da lei.
