O Bitcoin atingiu um novo recorde histórico de aproximadamente US$ 109.400 nesta quarta-feira (21), impulsionado por fatores geopolíticos e sinais de estabilidade regulatória. Enquanto isso, na cotação em reais, o BTC está operando em torno dos R$ 616.816, tendo renovado seu topo histórico há alguns minutos superando R$ 672.350.
O desempenho marca uma recuperação consistente desde a mínima de US$ 76.320 registrada em 8 de abril. Naquele mesmo dia o mercado acionário global caiu diante do temor de uma nova guerra tarifária liderada pelos Estados Unidos.
O recorde anterior havia sido registrado em janeiro, quando a criptomoeda alcançou US$ 109.358 na Coinbase. A ATH (all time high) anterior teve como impulso a posse de Donald Trump como presidente dos EUA. No momento da publicação, o ativo digital é negociado em torno dos US$ 108.941, com alta de quase 4% nas últimas 24 horas, de acordo com dados do CoinGecko.
“A última alta do Bitcoin não é apenas especulativa; ela representa uma grande mudança na forma como as instituições, empresas e indivíduos pensam sobre a preservação do capital. Não há um fator único que impulsione o Bitcoin, mas uma confluência de vários fatores, desde estratégias de reserva soberana até ações corporativas, influxos crescentes de ETFs e incerteza macroeconômica e geopolítica, sem mencionar os sinais regulatórios cada vez mais favoráveis. Combine tudo isso com a escassez inerente do Bitcoin e isso cria um ambiente perfeito para essa nova alta”, destacou Guilherme Sacamone, CEO da OKX Brasil.
Bitcoin atinge novo recorde histórico de preço
O novo pico ocorreu após uma trégua entre Rússia e Ucrânia, avanço na legislação de stablecoins nos EUA e pausa nas tarifas comerciais. De acordo com analistas, caso o Bitcoin feche acima de US$ 107 mil a US$ 108 mil nos gráficos diários, há espaço técnico para uma valorização entre US$ 114 mil e US$ 120 mil nas próximas semanas.
A empresa de análise K33 divulgou um relatório em 7 de maio com a estratégia “hold in May and stay”. A estratégia sugere que o desempenho de 2025 poderá romper a tendência histórica de lentidão costumeira deste mês.
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O CEO da CryptoQuant, Ki Young Ju, que anteriormente previa o fim do ciclo de alta, admitiu erro em sua análise. Nesse sentido, ele destacou que o mercado de Bitcoin está passando por uma transformação com a entrada de novas fontes de liquidez e integração ao sistema financeiro tradicional.
Conforme mostram dados históricos, o segundo trimestre costuma ser positivo para o Bitcoin. Em 2025, por exemplo, a criptomoeda já acumula alta de 28% no período, a quinta melhor performance trimestral desde 2013. Se esse ritmo continuar em junho, poderá confirmar o padrão sazonal de valorização para o ativo.