O Bitcoin acaba de conquistar um marco histórico no mercado financeiro. A criptomoeda superou o ouro na corrida dos ETFs, atraindo mais capital institucional do que o tradicional ativo de reserva. Essa mudança revela um movimento significativo dos investidores, que veem o Bitcoin como uma alternativa robusta em meio às incertezas econômicas.
O iShares Bitcoin Trust (IBIT), administrado pela BlackRock, se consolidou como o sexto maior ETF em fluxo de capital em 2025. Desde janeiro, o fundo atraiu US$ 6,96 bilhões em entradas líquidas. Com isso, superou o SPDR Gold Trust (GLD), o maior fundo de ouro com lastro físico, que acumulou US$ 6,5 bilhões no mesmo período.
Esse cenário coloca o Bitcoin em vantagem sobre o ouro, que havia registrado uma máxima histórica de US$ 3.500 por onça em abril. No entanto, o preço caiu ligeiramente desde então.
Enquanto isso, o Bitcoin continuou ganhando relevância no mercado, mesmo após oscilar de US$ 109.300 em janeiro para US$ 74.000 em abril. Atualmente, a criptomoeda está cotada a US$ 97.000, impulsionada pelas expectativas de negociações comerciais entre Estados Unidos e China, marcadas para ocorrer na Suíça.
ETF de Bitcoin supera o de ouro
Apesar das oscilações de preço, o IBIT mantém uma sequência de 16 dias consecutivos de entradas de capital, acumulando um total de US$ 44,25 bilhões. Essa estabilidade sugere que os investidores institucionais continuam confiando na criptomoeda como uma reserva de valor e um ativo estratégico.
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O especialista em ETFs, Nate Geraci, destacou a importância desse fluxo contínuo. Segundo ele, muitos analistas duvidavam que os ETFs de Bitcoin à vista conseguiriam atrair tanto dinheiro em tão pouco tempo. No entanto, o IBIT provou o contrário, consolidando-se como o fundo preferido dos grandes investidores.
Hunter Horsley, CEO da Bitwise, também enfatizou a relevância desse movimento. Para ele, o mercado ainda não compreendeu totalmente o impacto dessa preferência pelo Bitcoin, mesmo em um contexto de alta do ouro.
“Quando o cenário se inverter, a vantagem do Bitcoin será ainda mais clara”, afirmou.
O que torna o IBIT tão atrativo?
O analista Eric Balchunas, da Bloomberg, observou que o IBIT vem absorvendo mais capital do que outros ETFs de Bitcoin. Segundo ele, isso ocorre devido a estratégias de negociação automatizadas de alta frequência e à entrada de investidores institucionais. Esses “peixes grandes” aproveitaram a recuperação do Bitcoin após sua queda em abril, aumentando a atratividade do fundo.
Balchunas ainda prevê um futuro otimista para o mercado de ETFs de Bitcoin. Para ele, o aumento constante dos fluxos de capital é um sinal positivo para o longo prazo. O especialista acredita que os ativos sob gestão dos ETFs de Bitcoin podem triplicar em comparação com os de ouro nos próximos três a cinco anos.
Os ETFs de Bitcoin têm um efeito direto na valorização da criptomoeda. Quando a demanda por esses produtos aumenta, os gestores precisam adquirir mais Bitcoins para lastrear suas cotas. Isso reduz a oferta no mercado e impulsiona os preços.
Essa dinâmica explica por que o Bitcoin consegue se recuperar rapidamente após quedas significativas. À medida que os investidores veem o ativo como uma reserva de valor alternativa, especialmente diante de tensões comerciais e incertezas macroeconômicas, o preço tende a se fortalecer.
O mercado financeiro já percebeu que o Bitcoin está ultrapassando o ouro como principal reserva de valor moderna. Enquanto o ouro continua sendo uma opção tradicional, o Bitcoin se consolida como um ativo globalmente relevante.