Desde meados de abril, o Bitcoin tem registrado um movimento de compra intenso e discreto. Grandes investidores — conhecidos como “baleias” — estão acumulando BTC. Ao mesmo tempo, bilhões entram em fundos negociados em bolsa (ETFs) de Bitcoin. Esse aumento no volume de compra não se traduziu em grandes saltos para o preço do Bitcoin até agora, mas o cenário está se preparando para um rompimento significativo.
A partir de 16 de abril, os ETFs de Bitcoin registraram mais de US$ 5,13 bilhões em entradas líquidas. O destaque fica com o iShares Bitcoin Trust, da BlackRock, que adicionou US$ 4,7 bilhões em poucas semanas.
Esse fluxo representa uma demanda robusta e acelerada. No entanto, nem todo movimento foi positivo. Em 6 de maio, os ETFs de Bitcoin tiveram saídas combinadas de US$ 85,7 milhões, indicando certa cautela de curto prazo entre os investidores.
A reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC), marcada para hoje, traz consigo a expectativa de manutenção das taxas de juros em 4,50%. De acordo com dados da Polymarket, há 98% de chance de o Fed manter as taxas estáveis.
“Se confirmado, este será o terceiro encontro consecutivo sem aumento, o que cria um ambiente potencialmente positivo para ativos de risco, como o Bitcoin”, destaca o analista Kosta Gushterov.
Análise técnica aponta alta para o preço do Bitcoin
De acordo com Rodrigo Miranda, da Universidade do Bitcoin, o BTC está consolidado acima de US$ 96 mil, um nível importante que pode levar a novas máximas. O analista destaca alvos para US$ 98.430, US$ 99.600 e US$ 102 mil. Rompendo este último patamar, o próximo alvo fica entre US$ 124 mil e US$ 142 mil.
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“Acima de US$ 93 mil, o mercado sai de uma tendência de baixa e volta para uma trajetória de alta”, comentou Miranda.
Além disso, Ana de Mattos, analista da Ripio, destaca que as movimentações das baleias indicam otimismo para o preço do Bitcoin.
“Desde o início do mês, vimos um aumento de 170.000 BTC movimentados por holders de médio prazo. Isso gera liquidez e pode ser um indicativo de alta sustentada”, afirma.
Desse modo, o movimento de compra institucional também segue firme, apesar das saídas pontuais dos ETFs.
“Mesmo com as recentes retiradas, as instituições estão acumulando, o que ajuda a manter a escassez dos tokens e sustenta o preço”, explica Mattos.
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