O token BNB, nativo da Binance, pode registrar um crescimento expressivo nos próximos anos, segundo análise do Standard Chartered. Em relatório divulgado nesta semana, o banco projetou que o preço do BNB pode atingir US$ 2.775 até o final de 2028. Isso representaria um ganho de mais de 360% em relação ao seu valor atual, que oscila em torno de US$ 600.
Geoffrey Kendrick, chefe global de pesquisa de ativos digitais do Standard Chartered, destacou que o preço do BNB tem se comportado de forma próxima à média entre Bitcoin (BTC) e Ethereum (ETH) desde maio de 2021, tanto em retorno quanto em volatilidade. Ele acredita que essa correlação deve se manter, sustentando a valorização do token nos próximos anos.
Além disso, Kendrick ressaltou que o BNB pode servir como um benchmark para avaliação de outros ativos digitais devido, principalmente, à sua natureza deflacionária e à forte integração com a Binance, maior corretora de criptomoedas do mundo em volume de negociação.
Centralização da BNB chain
Apesar do otimismo, Kendrick apontou que a BNB Chain, blockchain da Binance, enfrenta desafios em relação à descentralização. Diferentemente do Ethereum, que possui mais de um milhão de validadores, a BNB Chain opera com apenas 45 validadores eleitos a cada 24 horas, seguindo um modelo de Prova de Autoridade em Stake (PoSA).
Essa estrutura mais centralizada, somada à baixa atividade de desenvolvedores em comparação com concorrentes como Avalanche e Solana, pode limitar o crescimento do ecossistema. No entanto, Kendrick destacou que atualizações recentes, como o hard fork Pascal e a próxima atualização Maxwell, podem impulsionar a adoção da rede.
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Demanda sustentada
Apesar das críticas, benefícios como descontos em taxas de negociação na Binance e a presença de plataformas descentralizadas como a PancakeSwap também contribuem para a adesão da rede. Além disso, o modelo de queima de tokens (que reduz a oferta ao longo do tempo) contribui para a valorização do BNB.
Kendrick observou, por fim, que o BNB está mais caro do que os modelos convencionais sugerem, sinalizando que o mercado enxerga valor não contabilizado nessas métricas.
Vale destacar que, ainda que não mencionado pelo analista, a Binance recebeu um aporte de US$ 2 bilhões de um fundo dos Emirados Árabes Unidos. Além disso, todo o valor será pago em USD1, a stablecoin associada ao presidente Donald Trump.