O Morgan Stanley, um dos maiores bancos de investimento do mundo, está prestes a dar um passo significativo no mercado de criptomoedas. De acordo com informações exclusivas da Bloomberg, a instituição financeira se prepara para oferecer negociação direta de criptoativos em sua plataforma de trading, a E*TRADE.
A novidade, que deve chegar em 2026, permitirá que clientes comprem e vendam Bitcoin, Ethereum e outras criptomoedas com a mesma facilidade com que negociam ações. A decisão marca uma guinada estratégica para o banco, que já vinha ampliando sua exposição ao universo cripto nos últimos anos.
Negociações à vista no Morgan Stanley
Desde 2020, quando adquiriu a E*TRADE, o Morgan Stanley passou a oferecer ETFs de Bitcoin e Ethereum, além de futuros e outros produtos derivativos. Agora, com a negociação à vista, a instituição entra na disputa com corretoras especializadas como Coinbase e Kraken.
Fontes próximas ao banco revelam que a implementação está em fase avançada de planejamento. O Morgan Stanley trabalha em parcerias com empresas do setor para garantir liquidez e segurança nas operações.
A entrada do Morgan Stanley nesse mercado ocorre em um momento crucial. Enquanto vozes como Eric Trump preveem que as criptomoedas podem desafiar os bancos nos próximos anos, as instituições financeiras correm para não ficar para trás. No Brasil, por exemplo, pesquisas recentes mostram que 42% dos investidores já incluem criptoativos em seus portfólios, percentual equivalente ao de fundos de investimento tradicionais.
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Fundado em 1935, o Morgan Stanley tem histórico de inovações no setor financeiro. Afinal, foi o primeiro banco a desenvolver um modelo computacional de análise de riscos, em 1962, e a aquisição da E*TRADE consolidou sua presença no mercado digital.
A adição de criptomoedas à vista em sua plataforma é mais um capítulo nessa trajetória, com potencial para atrair novos clientes e ampliar sua participação em um mercado que movimenta bilhões de dólares diariamente.
Aliança improvável
Que a tecnologia por trás das criptomoedas incomoda o setor bancário tradicional não é novidade. Jamie Dimon, CEO do JPMorgan Chase, não esconde seu ceticismo e já declarou publicamente seu desprezo pelos ativos digitais. Entretanto, a popularização das redes blockchain, que permitem transferências de valor sem intermediários (leia-se, bancos), tornou-se grande demais para ser ignorada.
Em Washington, avança a discussão sobre um marco regulatório para o setor, um sinal claro de que o governo reconhece a necessidade de integrar esse ecossistema ao sistema financeiro tradicional. A decisão do Morgan Stanley pode, assim, servir como termômetro para uma tendência irreversível: a convivência entre bancos centenários e as moedas digitais que um dia prometiam substituí-los.
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