Nas últimas 24 horas, o mercado de criptomoedas sofreu uma das maiores correções do ano. Somente o Bitcoin hoje teve uma forte queda de 7,7% e abriu o dia cotado a US$ 88.105. Como resultado, a criptomoeda perdeu o importante suporte de US$ 90.000.
De acordo com o CoinGecko, o valor de mercado das criptomoedas caiu para US$ 2,98 trilhões, uma perda superior a US$ 150 bilhões. Mas o pior resultado veio dos derivativos, onde as liquidações atingiram mais de US$ 1,4 bilhão. O BTC liderou as perdas do dia com US$ 639 milhões liquidados, de acordo com o Coinglass.
Além disso, essa pressão de venda vem com um aumento de 150% nos volumes diários de negociação para mais de US$ 51 bilhões. O resultado consolida a queda do Bitcoin no mês de fevereiro, que pode fechar com o pior resultado desde 2014.
Preço do Bitcoin hoje: mais queda chegando?
Em meio à queda acentuada no preço do Bitcoin hoje, analistas de mercado estão dando sinais de alerta sugerindo a possibilidade de mais correções e uma queda no mercado de criptomoedas. Pela primeira vez desde setembro de 2024, a demanda por Bitcoin caiu para território negativo, de acordo com Julio Moreno, chefe de pesquisa da CryptoQuant.
Em outras palavras, há mais investidores querendo vender BTC do que comprar. A queda na demanda pela criptomoeda pode aprofundar a correção. Isso pode acontecer caso o BTC rompa o suporte de US$ 83.000, que é o próximo limite de baixa.
Confira nossas sugestões de Pre-Sales para investir agora
Quem também fez um alerta foi Ali Martinez, trazendo dados sobre o MVRV do Bitcoin. De acordo com o analista, se os compradores não conseguirem manter o suporte de US$ 93.700 no fechamento diário, o preço corre o risco de cair ainda mais. E o próximo suporte que Martinez aponta é a região de US$ 75.600.
O alerta vem enquanto os participantes do mercado monitoram de perto os movimentos de preço do Bitcoin em meio à volatilidade elevada e à incerteza macroeconômica. Essa forte correção era esperada, visto que muitos analistas já previam que o BTC poderia chegar na região de US$ 77.000.
A volta das tarifas
Outro fator que impulsionou a queda do BTC foi a recente declaração do presidente dos Estados Unidos Donald Trump de que as tarifas de importação dos EUA sobre o Canadá e o México “irão avançar”. Implementadas no começo de fevereiro, as tarifas sofreram uma paralisação de 30 dias. Mas, de acordo com relatórios recentes, a paralisação deve expirar na próxima semana.
Na época da imposição das tarifas de Trump, o Bitcoin chegou a cair para US$ 95.000, mas retornou aos US$ 100 mil depois da suspensão. Agora, a retomada da tributação extra levou o preço da criptomoeda a cair forte.
Arthur Hayes, fundador da BitMEX, emitiu um alerta severo sobre a potencial turbulência no mercado. Hayes explicou que muitos detentores de ETFs de Bitcoin, especialmente do IBIT, particularmente fundos de hedge, alavancaram uma estratégia de entrar em posições longas em ETFs enquanto vendiam futuros de BTC.
Essa estratégia visava garantir rendimentos que excedem as taxas de curto prazo do Tesouro dos EUA. No entanto, se o preço continuar a cair, esses fundos podem vender participações em IBIT e recomprar futuros de CME para desfazer suas posições.
