As altcoins podem subir já que a FTX Digital Markets, unidade das Bahamas da corretora de criptomoedas falida FTX, iniciou os pagamentos aos primeiros credores em 18 de fevereiro. Essa ação representa um marco importante na recuperação da indústria cripto após o colapso de quase US$ 9 bilhões.
Os pagamentos estão sendo realizados para usuários com menos de US$ 50.000 em reivindicações. De acordo com Sunil, credor e membro do Comitê Ad-Hoc de Clientes da FTX, os clientes começaram a receber os fundos às 12:00 (horário de Brasília).
A primeira rodada de reembolsos envolve cerca de US$ 1,2 bilhão, um montante que pode impactar a liquidez do mercado. No entanto, a devolução se baseia nos valores das criptomoedas em 2022, o que gerou críticas de alguns credores. Desde então, o Bitcoin valorizou mais de 370%, por exemplo.
Apesar da esperança de recuperação do mercado, o preço de Solana (SOL) despencou logo após o início dos pagamentos. Analistas sugerem que a queda pode estar relacionada à venda de ativos pelos credores da FTX, que receberam pagamentos em valores desvalorizados.
Segundo Alvin Kan, COO da Bitget Wallet, parte do dinheiro devolvido pode ser reinvestido em criptomoedas, ajudando a recuperar liquidez e influenciando os preços. No entanto, muitos investidores preferem evitar riscos, optando por ativos mais seguros.
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Reembolso da FTX e impacto nas altcoins
A distribuição dos fundos da FTX pode ser o ponto de inflexão para a aguardada “altseason”, segundo o analista Axel Bitblaze. A devolução dos fundos da FTX envolve cerca de US$ 7 a 8 bilhões em stablecoins, montante que poderá realocar capital no setor cripto.
Bitblaze destaca que a maioria dos clientes da FTX eram traders focados em altcoins, e não em Bitcoin.
“Esses investidores podem reinvestir em tokens subvalorizados, especialmente aqueles com utilidade real, como Ethereum”, explicou.
Durante o colapso da FTX, o Bitcoin estava em US$ 16 mil, Solana em US$ 20 e Ethereum em torno de US$ 2,5 mil. Agora, o mercado exibe uma disparidade de valor, com algumas altcoins ainda distantes dos picos anteriores, o que pode atrair capital especulativo.
Bitblaze também lista outros fatores que podem impulsionar um rali das altcoins:
- Aprovação de ETFs de Ethereum: Grayscale e 21Shares registraram pedidos para permitir staking em seus ETFs de ETH, o que pode atrair fluxos institucionais.
- Fim do Aperto Monetário do FED: A redução no “Reverse Repo Facility (RRP)” indica que a fase de liquidez restrita está chegando ao fim.
- Regulamentação Favorável: A SEC reconheceu solicitações de ETFs para XRP, DOGE e SOL, aumentando a transparência regulatória.
Segundo Bitblaze, o momento de capitulação do mercado pode estar no fim. Ele projeta um rali antes da próxima reunião do FOMC em março e destaca que o esgotamento dos investidores em “memecoins” pode acelerar uma migração para altcoins com utilidade real.
“Não acredito que essa altseason seja tão explosiva quanto 2017 ou 2021, mas pode durar de 6 a 8 semanas, formando um topo local”, conclui Bitblaze.
Com dinheiro novo entrando no mercado e múltiplos fatores favorecendo as altcoins, o mercado pode estar às vésperas de uma recuperação significativa.
