Os Estados Unidos libertaram Alexander Vinnik, fundador da extinta exchange de criptomoedas BTC-e, como parte de uma troca de prisioneiros com a Rússia. Em contrapartida, Moscou liberou Marc Fogel, cidadão estadunidense preso por tráfico de drogas em 2021.
Marc Fogel, professor de 63 anos, retornou aos EUA na terça-feira (11) após ficar preso por 3 anos por portar maconha medicinal em um aeroporto russo. Ele foi recebido pelo presidente Donald Trump na Casa Branca, que classificou os termos do acordo como “muito justos”.
Mike Waltz, conselheiro de segurança nacional dos EUA, destacou que a libertação de Fogel foi uma “demonstração de boa fé” da Rússia e é um sinal de progresso para acabar com o conflito na Ucrânia, que completa três anos.
Trump chegou a sugerir que a troca “poderia ser uma parte muito importante” para um cessar-fogo na Ucrânia, mas não detalhou propostas.
Dmitry Peskov, porta-voz do governo russo, afirmou que o acordo pode “construir confiança mútua” com Washington, mas minimizou a sugestão de Trump de que a troca seria um passo significativo para encerrar a guerra na Ucrânia:
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“Esses acordos dificilmente são um momento decisivo, mas são passos para reconstruir a confiança, que está no ponto mais baixo”.
Russo é especialista em criptomoedas
Os EUA mantiveram em sigilo a identidade do prisioneiro russo libertado. O porta-voz russo afirmou que divulgarão os detalhes somente após o retorno do prisioneiro à Rússia. Apesar disso, veículos de mídia, como Reuters e Wall Street Journal, afirmam que se trata de Alexander Vinnik.
As autoridades prenderam o russo após ele coordenar a exchange de criptomoedas BTC-e entre 2011 e 2017. Segundo o Departamento de Justiça dos EUA (DOJ), a exchange movimentou cerca de US$ 9 bilhões em transações com Bitcoin.
Em 2017, o FBI fechou a exchange e prendeu Vinnik. Entre as acusações estavam a facilitação de transações anônimas para criminosos e lavagem de recursos ilegais.
Vinnik também teria relação com Alexey Bilyuchenko, hacker acusado em 2023 pelo roubo histórico da Mt. Gox, Em 2014, a exchange declarou falência após alegar que hackers haviam roubado aproximadamente 850 mil Bitcoins, cerca de US$ 450 milhões de dólares à época.
