A expressão “piada pronta” ficou famosa nos textos do excêntrico escritor e jornalista brasileiro José Simão, que dispara suas frases e críticas para todos os lados tal qual uma metralhadora desgovernada. Pois bem, durante os últimos dias, John McAfee, excêntrico personagem da cibersegurança, tem protagonizado a maior “piada pronta” do ecossistema de criptomoedas ao anunciar uma carteira de Bitcoin “a prova de hacker” e oferecer, inclusive, uma recompensa de US$100 mil para quem conseguisse provar o contrário.
“Para todos os ‘anti’ que afirmam que tudo é hackeável e que não acreditam que minha carteira BitFi seja verdadeiramente o primeiro dispositivo impossível de ser hackeado no mundo, uma recompensa de US$100 mil será atribuída à qualquer pessoa que consiga provar o contrário”, disse McAfee na época.
No entanto, mais uma vez, a carteira “inviolável” foi invadida, agora pelos pesquisadores de segurança da Pen Test Partners que conseguiram modificar significativamente o firmware e, consequentemente, interceptar as comunicações entre o dispositivo de hardware e a carteira. E para provar que o dispositivo ainda estava conectado ao painel e funcionando perfeitamente, os pesquisadores exibiam mensagens na tela.
De acordo com Andrew Tierney, consultor de segurança da Pen Test Partners, hackear a carteira de hardware envolveu o trabalho em equipe com vários indivíduos e entidades fazendo contribuições variadas.
Antes deles, um grupo de pesquisa de segurança da OverSoftNL já havia invadido a aplicação, conforme uma publicação de sua equipe no Twitter, embora a BitFi tenha negado a recompensa de US$100 mil, mesmo depois de ter corrigido o erro.
