Até o momento, o ciclo de alta do Bitcoin (BTC) não aconteceu no ritmo esperado por muitos investidores. No entanto, a Grayscale Research, braço de pesquisa da gestora, afirma que o Bitcoin pode revisitar sua máxima histórica no final deste ano.
Para isso, basta que a economia dos EUA consiga evitar uma recessão, tema que voltou a entrar na pauta dos mercados. A queda das bolsas por causa da alta dos juros no Japão acendeu o sinal amarelo para uma eventual crise financeira.
Em um relatório de pesquisa de 8 de agosto, analistas da Grayscale expressaram otimismo sobre a capacidade da economia dos EUA de atingir um “pouso suave”. Nesse cenário, os analistas colocam que o BTC pode retomar seu ciclo e atingir a máxima histórica até dezembro.
Grayscale prevê alta do Bitcoin
A Grayscale também destacou que mudanças no cenário político dos EUA em relação à indústria de criptomoedas podem diminuir os riscos de queda nas avaliações. Ou seja, a gestora acredita que se os EUA tiverem um ambiente regulatório mais favorável, isso catalisaria novas altas.
Mesmo que o mercado volte a cair, a Grayscale aponta que as perdas podem ser mais restritas mesmo em um cenário econômico mais fraco do que em ciclos anteriores. Isso porque o aumento na demanda pelos ETFs de Bitcoin pode liderar o novo ciclo de valorização.
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Olhando para o futuro, a Grayscale observou que a estabilidade do mercado dependerá fortemente dos próximos indicadores macroeconômicos e ações do banco central dos EUA, o Fed. De acordo com a Fed Watch Tool, da CME, 53% do mercado aposta que o Fed cortará os juros em 0,25 pontos-base na próxima reunião.
A Grayscale Research mantém uma perspectiva positiva sobre o potencial de investimento de longo prazo do Bitcoin, apesar das incertezas econômicas. Mesmo uma crise econômica pode fortalecer o caso do BTC, especialmente se o Fed reduzir novamente os juros a níveis abaixo de 5%.
Ethereum sentirá mais que Bitcoin
A recente queda do mercado foi motivada por um relatório decepcionante de emprego nos EUA em julho, mostrando um aumento no desemprego típico de recessões passadas, diz a Grayscale. Isso estimulou uma liquidação em ativos de risco como ações, enquanto ativos “seguros” como títulos do Tesouro dos EUA e o iene japonês, se valorizaram.
Enquanto isso, o Bitcoin e o Ethereum caíram, com o BTC mostrando força relativa enquanto o ETH teve desempenho inferior. O declínio maior do Ether provavelmente se deveu a pesadas posições longas em futuros perpétuos, que realizaram lucros após a aprovação dos ETFs. Essas posições foram parcialmente liquidadas durante a crise, acelerando a queda de preço.
Pressão adicional pode ter vindo de grandes detentores como Jump Crypto e Paradigm, que venderam suas posições em ETH. Mas nesta sexta-feira (9), a criptomoeda voltou a subir forte, teve alta de quase 8% e superou os US$ 2.600.
