Os ETFs de Bitcoin nos Estados Unidos enfrentaram uma das suas piores semanas desde o final de abril. Os fundos registraram saídas líquidas de US$ 854 milhões. Este é o pior desempenho semanal para esses instrumentos financeiros desde a última semana de abril, quando as retiradas de capital ultrapassaram US$ 1,2 bilhão.
Na quinta-feira, 20 de junho, os onze ETFs de Bitcoin ativos nos EUA registraram saques no valor total de US$ 140 milhões. O dia com maior retirada foi 13 de junho, com saídas de aproximadamente US$ 220 milhões.
Entre os ETFs mais afetados, o Wise Origin Bitcoin Fund (FBTC) da Fidelity liderou com US$ 413 milhões em retiradas, seguido pelo Grayscale Bitcoin Trust ETF (GBTC), que apresentou saídas de cerca de US$ 232 milhões.
A retirada de fundos dos ETFs de Bitcoin influencia diretamente o mercado da criptomoeda. Quando os investidores retiram dinheiro desses ETFs, as empresas emissoras são obrigadas a vender uma quantidade equivalente de Bitcoin no mercado para devolver o capital aos investidores.
Esse aumento na oferta de Bitcoin pode pressionar seu preço para baixo, caso a demanda não seja suficiente para absorver a oferta adicional.
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ETFs de Bitcoin têm semana ruim
Na última semana, a saída de capital dos ETFs coincidiu com uma queda no preço do Bitcoin, que atingiu a área de aproximadamente US$ 63.400, um suporte fundamental desde março de 2024. A análise da plataforma SoSoValue mostra que a linha laranja, representando o preço do Bitcoin, caiu concomitantemente com as barras vermelhas das saídas de capital.
O analista de criptomoedas SantinoCripto expressou preocupação com a atual situação do Bitcoin, descrevendo-a como “crítica”. Ele destacou que o BTC está em uma zona de suporte importante desde janeiro de 2023, mas também apontou um lado positivo.
“A única boa notícia que vejo na situação atual do mercado é que há pouco volume na queda das últimas duas semanas, portanto, há pouco interesse em vender por parte dos investidores.”
