O preço do Bitcoin hoje, 24 de junho, opera em uma forte queda de 5,3% de acordo com o CoinGecko. Essa queda levou o preço da criptomoeda a atingir o patamar de US$ 60.961, enquanto no Brasil o BTC caiu para R$ 330 mil – perda de 5,2%.
Na semana passada, o BTC registrou perdas de 5,03% e teve seu pior desempenho semanal desde março. Esse pessimismo se espalhou para as demais criptomoedas do Top 10, que tiveram quedas em todas as categorias de prazo. A maior desvalorização semanal foi da Dogecoin (DOGE), com queda de 12,5%, seguida pela Solana (SOL), cujo preço caiu 11,6%.
Já o Ethereum (ETH) acompanhou o Bitcoin e registrou queda de 5,2% nas últimas 24 horas, o que levou o preço a atingir a mínima de US$ 3.312. Na semana, o ETH caiu 5,46% e teve seu pior desempenho desde o final de abril. A TON caiu 4,5% nas últimas 24 horas e 5,7% na semana.
As memecoins foram o grande destaque negativo da semana, com quedas que ultrapassaram os 20%. Nesse sentido, a Dogwifhat (WIF) liderou as perdas caindo 35,2% (a maior desvalorização geral do Top 100), seguida pela Notcoin (NOT) que caiu 25,2%. A FLOKI também caiu forte e sofreu perdas de 17,3% e a BONK caiu 17,9%.
Motivos para a queda do Bitcoin hoje
O impulso de queda do Bitcoin se aprofundou nesta segunda-feira, já que o preço caiu 5,3% nas últimas 24 horas. Ou seja, uma queda que já é maior do que as perdas acumuladas da última semana.
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Essa desvalorização ocorreu devido à incerteza dos principais dados de inflação e das taxas de juros dos Estados Unidos. As preocupações aumentaram com o fato de o dólar (papel-dólar norte-americano) se aproximar dos dados do índice de gestores de compras (PMI) de dois meses.
Mais importante ainda, tem havido um aumento contínuo nas saídas de dinheiro dos ETFs de Bitcoin desde 13 de junho, mostrando pessimismo em torno da criptomoeda. Além disso, os dados do On Balance Volume (OBV) caíram além do suporte. Como resultado, o Bitcoin entrou em uma fase de distribuição, o que indica tendência de queda.
O Bitcoin está em uma zona de venda onde o nível da Convergência Divergência de Média Móvel (MACD) está em −1244. Além disso, as médias móveis simples e exponenciais dos intervalos de 5, 10, 20, 50 e 100 dias estão na zona de venda, favorecendo os vendedores.
Porém, o a média de 200 ainda indica a presença de força compradora, o que pode estar associado à recuperação dos preços. Se o preço do Bitcoin puder ultrapassar os US$ 63.500, uma tendência de alta poderá começar, empurrando o valor para US$ 66.800.
No entanto, como indicam os demais fatores técnicos e médias móveis, os analistas acreditam que o preço pode continuar a cair antes de tentar uma recuperação. O analista Willy Woo acredita que os níveis de preço atuais são o novo suporte antes do BTC recuperar a tendência de ganhos no longo prazo.
Impacto da mineração
Por fim, um dado importante é a recuperação dos mineradores após a queda na emissão de novos Bitcoins oriunda do halving. De acordo com Woo, o poder de processamento da rede (hash rate) está em recuperação, o que pode favorecer os ciclos de halving.
Essa situação é semelhante as que ocorreram em ciclos anteriores. No ano de 2017, a recuperação do hash rate demorou 24 dias, enquanto, em 2020, demorou cerca de oito dias. Mas neste ano, a recuperação está demorando mais do que nos ciclos anteriores, o que deve postergar novas valorizações.
