Mais um projeto brasileiro ganha atenção de entidades internacionais. Desta vez, trata-se do projeto Observatório da Mobilidade: blockchain para a co-gestão do transporte público desenvolvido pela prefeitura de Teresina, no Piauí.
De acordo com a Secretaria Municipal de Planejamento da cidade, representantes da Agência Francesa de Desenvolvimento foram até Teresina para conhecer mais detalhes do projeto. A missão faz parte de uma das recentes conquistas do projeto: ser escolhido entre várias iniciativas da América Latina para o recebimento de um aporte de 500 mil euros. O dinheiro será oriundo do Fundo Europeu para o Clima.
A missão começou nesta segunda-feira, 16 de julho, mesma data na qual o projeto foi apresentado para os representantes da agência francesa. O projeto foi apresentado para a equipe da missão e diversos atores envolvidos com a gestão do transporte público, como membros da administração pública, das empresas que operam o sistema e representantes dos usuários.
Mobilidade urbana e blockchain
O Observatório da Mobilidade transformou a capital piauiense na primeira cidade do mundo a utilizar a tecnologia blockchain para resolver problemas de mobilidade urbana.
Por meio desse sistema, a prefeitura de Teresina pretende armazenar de maneira digital, segura, eficiente, em único lugar e acessível à população todas as informações relativas ao transporte coletivo, como cumprimento de ordens de serviço e relatórios de viagens, entre outras. O objetivo do projeto é melhorar os serviços e aproximar a sociedade de processos de tomada de decisão na gestão pública, proporcionando uma comunicação confiável e direta.
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O projeto ganhou diversos elogios da equipe francesa, que destacou o caráter de integração de todos as partes envolvidas como um dos pontos positivos que levaram a agência a financiar o projeto.
“A Agência Francesa de Desenvolvimento resolveu financiar esse projeto pensando na organização e na tecnologia do futuro, que pode preparar a transição da mobilidade em Teresina, nas cidades do Brasil e de forma mais geral pensamos que é muito interessante para todo o continente sul-americano. O que nos interessou muito na proposta da Prefeitura de Teresina é que existe uma vontade de fazer participar todo mundo, a prefeitura e também todas as operadoras e o cidadão”, disse Etieene Lhomet, um dos representantes da agência.
Segundo o prefeito de Teresina, Firmino Filho, a inovação do projeto é um dos seus principais destaques.
“Estamos aqui estabelecendo essa parceria com a comunidade econômica europeia. Nossa equipe da Agenda 2030, composta por arquitetos e técnicos da prefeitura, participaram de um composto de pesquisa no Euroclima e conseguiram com uma ideia inovadora a atenção daqueles que fazem esse processo. O projeto é bastante inovador porque ele busca utilizar o Blockchain, que é uma tecnologia é responsável por permitir que todas as operações sejam rastreadas e auxiliando na gestão, o que vai dar transparência absoluta ao transporte público”, afirmou o prefeito.
Gabriela Rocha, coordenadora da Agenda 2030, programa responsável pela condução das atividades do projeto, também destacou as qualidades do projeto, que o fizeram superar dezenas de concorrentes.
“A gente concorreu com outros 75 projetos de toda a América Latina e fomos escolhidos na pré-seleção como representante do Brasil junto com outras cidades, e depois vencemos dentre outros 18 países que estavam concorrendo a essa chamada do Governo da União Europeia. A gente não só promoveu uma ação para melhorar o transporte, mas também a transparência da prestação de contas com investimento tecnológico, inovação e participação do cidadão”, explicou.
A missão da Agência Francesa de Desenvolvimento segue em Teresina até esta terça-feira, 17 de julho, e contará com reuniões com todos os setores responsáveis pela condução do Observatório