A Circle, emissora da stablecoin USDC, anunciou sua entrada oficial no mercado brasileiro em parceria com o BTG Pactual, o maior banco de investimentos da América Latina. A colaboração visa ampliar o acesso ao USDC no Brasil, que se destaca pela inovação e adoção de fintechs. Além do BTG, a Circle também está colaborando com outras instituições financeiras regionais, incluindo o Nubank.
A parceria entre a Circle e o BTG representa um marco significativo no mercado financeiro latino-americano. Desde 2017, o BTG Pactual tem sido pioneiro nas inovações financeiras, especialmente no espaço das criptomoedas. André Portilho, responsável pelos ativos digitais do banco, destacou que essa parceria reforça a crença do BTG na tecnologia blockchain como a nova infraestrutura do setor financeiro.
Jeremy Allaire, cofundador e CEO da Circle, enfatizou o compromisso da empresa em causar um impacto positivo no mercado brasileiro.
“Estamos comprometidos em fazer parcerias com os principais stakeholders para capacitar as empresas a participarem da economia global com maior facilidade e eficiência”, afirmou Allaire.
Apesar do anúncio recente marcar o lançamento oficial da Circle no Brasil, a empresa já havia estabelecido uma parceria com o Nubank no ano passado. O Nubank, hoje com mais de 85 milhões de clientes no Brasil, já permite que seus clientes negociem com o USDC através do Nubank Cripto.
Essa colaboração visa proporcionar aos usuários brasileiros maior acesso e usabilidade para o USDC, integrando a stablecoin ao cotidiano financeiro dos consumidores. Além disso, a ampliação do uso faz parte da estratégia da Circle de expandir sua presença em mercados emergentes e inovadores.
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Circle desembarca em momento de estruturação regulatória
O anúncio da parceria ocorre em um momento crucial para o mercado de criptomoedas no Brasil. O Banco Central revelou na última semana os planos para implementar uma estrutura regulatória para ativos digitais até o final deste ano. Esta iniciativa visa proporcionar a clareza necessária para os criadores de tokens e fornecedores de serviços de ativos virtuais (VASPs).
De acordo com o BC, o desenvolvimento da estrutura regulatória terá várias fases. Isso inclui, por exemplo, uma consulta pública sobre as regras para atividades comerciais dos provedores de ativos digitais e a criação de uma estrutura complementar para regulamentar as operações dos VASPs. Além disso, o banco central planeja desenvolver regulamentações específicas para stablecoins.
A introdução de uma estrutura regulatória para criptomoedas no Brasil é vista como um passo importante para garantir a segurança e a transparência no mercado. Otavio Damaso, Diretor de Regulação do BC, afirma que as novas regulamentações proporcionarão um ambiente mais seguro e previsível para os participantes do mercado.
Contudo, apesar dos esforços do BC, a implementação das regulamentações de criptografia pode demorar mais que o previsto. Inicialmente, esperava-se que as regulamentações fossem finalizadas até junho deste ano. No entanto, o processo faseado de desenvolvimento pode atrasar a implementação completa.
Além disso, a parceria entre a Circle e o BTG, juntamente com uma estrutura regulatória robusta, posiciona o Brasil como um líder na adoção e regulamentação de criptomoedas na América Latina.
