Após renunciar ao cargo de CEO da Binance como parte de um acordo, Changpeng Zhao (CZ) deixou também o cargo de presidente do conselho da Binance.US, braço da exchange nos EUA. CZ está sendo obrigado a permanecer nos Estados Unidos até a divulgação de sua sentença, que deve ocorrer em fevereiro de 2024.
Zhao e a exchange que fundou firmaram na semana passada um acordo com o Departamento de Justiça dos EUA (DOJ) que incluiu o pagamento de uma multa de US$ 4,3 bilhões, a renúncia de CZ e declarações de culpa por violação da Lei de Sigilo Fiscal dos EUA.
Nesta terça-feira (28), a Binance.US anunciou a saída de Zhao do conselho e a transferência de seus direitos de voto por meio de um contrato de procuração. Dessa forma, CZ não tem mais nenhuma influência na governança da Binance.US e torna seu interesse na empresa “puramente econômico”.
CZ se afasta também da Binance.US
A unidade da exchange nos EUA também deixou claro que o movimento não tem a ver com os acordos com o DOJ:
“A Binance.US não faz parte dos acordos anunciados na semana passada, nem temos quaisquer questões de execução pendentes com o DOJ, FinCEN, OFAC ou CFTC,” disse a empresa em sua conta no X.
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Por fim, a Binance.US disse que é “excepcionalmente grata a CZ pela sua orientação e aconselhamento ao longo dos anos”. Além disso, acrescentou que permanece totalmente operacional e continua a ser liderada por Norman Reed.
“Estamos bem capitalizados para continuar a construir e expandir nossa plataforma e fazê-lo com clareza e impulso renovados, mantendo ao mesmo tempo o mesmo compromisso com o cliente primeiro. A equipe da Binance.US está mais energizada do que nunca com a oportunidade para o nosso negócio e com a nossa missão de modernizar e democratizar o sistema financeiro”, concluiu.
CZ ficará nos EUA até fevereiro
Conforme noticiou o CriptoFácil, um juiz distrital dos EUA emitiu uma ordem impedindo temporariamente o ex-CEO da Binance de retornar aos Emirados Árabes Unidos antes de sua sentença em fevereiro de 2024. Com isso, CZ deve permanecer no país além do tempo previsto, que era até o final de novembro.
De acordo com os procuradores federais dos EUA, autorizar CZ a sair do país poderia representar um risco de fuga. Afinal, segundo eles, o executivo tem “bens significativos e fortes laços com os Emirados Árabes Unidos”. Os procuradores temem que CZ poderia fugir e evitar uma possível extradição.
Mesmo com uma eventual fuga, a justiça dos EUA poderia julgar CZ à revelia e condená-lo. Contudo, não conseguiriam fazê-lo cumprir a pena. Isso porque deverá haver uma dificuldade de extradição, já que os EUA não possuem acordo de extradição com os Emirados Árabes.
