Os usuários de criptomoedas estão demonstrando uma preferência crescente por manter nas exchanges suas USDT, stablecoin líder em valor de mercado emitida pela Tether.
De acordo com dados da Santiment, o domínio da USDT atingiu seu nível mais alto em seis meses, representando atualmente 24,7% do total de criptomoedas nas exchanges.
Esse aumento constante no domínio da USDT começou há quatro meses, quando atingiu seu nível mais baixo do ano, 17,6%. Este pico recente ressalta a confiança dos investidores na stablecoin.
Além disso, vale notar que, à medida que o domínio da USDT nas exchanges cresceu, o acúmulo pelos principais detentores da stablecoin também aumentou. Os 10 maiores endereços de USDT aumentaram suas participações nos últimos três meses, passando de US$ 7,3 bilhões para US$ 9,42 bilhões.
Stablecoin USDT
Esse fenômeno geralmente indica que os investidores estão buscando proteção contra a volatilidade do mercado, temendo uma queda nos preços dos ativos tradicionais.
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Enquanto o domínio da USDT cresce, o preço do Bitcoin (BTC) sofreu uma queda em relação ao seu pico de dois meses e meio atrás, quando atingiu US$ 32.000. Essa tendência de queda poderá continuar caso o domínio e o acúmulo do USDT persistam.
Entretanto, nas últimas três semanas, o preço do Bitcoin começou a se recuperar, sugerindo um retorno do apetite dos investidores pelo principal ativo do mercado. Isso indica que a tendência ascendente da USDT pode ser desafiada, diminuindo à medida que a demanda pelo BTC se fortalece.
O preço do Bitcoin atingiu recentemente US$ 28.500, o valor mais alto desde a queda de agosto, quando estava próximo de US$ 29.000.
Segundo o Santiment, há motivos para otimismo em relação ao preço do Bitcoin. O saldo do ativo em exchanges está no menor nível em seis anos, indicando uma baixa pressão de venda no mercado. Além disso, baleias (investidores com mais de 1.000 BTC) e investidores menores aumentaram suas participações nos últimos meses.
Com esse cenário otimista, é cada vez mais provável que o Bitcoin retorne a um valor de mercado de US$ 30.000, a menos que haja uma “desacumulação” massiva por parte das carteiras.
