Nesta quarta-feira (28), a MicroStrategy divulgou um novo comunicado anunciando a compra de mais 12.333 Bitcoins (BTC). De acordo com a empresa, o total pago na operação foi de US$ 350 milhões, ou aproximadamente R$ 1,7 bilhão em valores atuais.
Com a nova compra, a empresa superou o patamar de 150 mil BTC sob custódia, de longe a maior quantidade de reserva da criptomoeda detida por uma empresa listada. Além disso, a empresa já auferiu lucros não realizados nesta compra, visto que o preço médio da operação foi de US$ 28.138 por BTC.
Levando em consideração o preço atual da criptomoeda em US$ 30.381, a operação registra um lucro de 7,38%. Além disso, a empresa está lucrativa em sua operação como um todo: a nova compra levou o preço médio total para US$ 29.668. Ou seja, um lucro de 2,38% frente ao preço atual do BTC.
“A MicroStrategy adquiriu 12.333 BTC adicionais por US$ 347,0 milhões a um preço médio de US$ 28.136 por Bitcoin. Em 27/06/23, a MicroStrategy hodls 152.333 BTC adquiridos por US$ 4,52 bilhões a um preço médio de US$ 29.668 por Bitcoin”, disse o fundador da empresa Michael Saylor.
Desde sua entrada no Bitcoin em agosto de 2020, a MicroStrategy tem comprado BTC periodicamente em intervalos regulares. A empresa conseguiu se manter forte mesmo durante o mercado de baixa de 2022, embora tenha passado grande parte do ano com prejuízos não realizados.
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Saylor tem sido um dos maiores defensores do BTC e acredita que a criptomoeda é uma forte reserva de valor sob as atuais condições inflacionárias da economia global. Além disso, Saylor tem sido um forte defensor da plataforma de escalabilidade Lightning Network e já colocou produtos da MicroStrategy focados no desenvolvimento da rede.
De acordo com o fundador da MicroStrategy, a Lightning um dia alcançará uma capacidade de processamento de transações superior a provedores como a Visa. E, de fato, a rede tem potencial de processar milhões de transações por segundo, como mostra a sua adoção crescente desde 2019.
Acumulação pode fazer BTC dobrar?
Desde que a BlackRock e outros gigantes financeiros voltaram a emitir pedidos para criar ETFs de BTC à vista este mês, o preço do BTC valorizou mais de 20% em menos de um mês. Já em comparação com as mínimas do ano, o BTC teve desempenho ainda melhor – quase 80% de alta.
Dados on-chain confirmam que a participação institucional em criptomoedas, particularmente compras de BTC, disparou. Conforme noticiou o CriptoFácil, os produtos de investimento em Bitcoin registraram entradas de quase US$ 187 milhões na semana passada.
O último anúncio da MicroStrategy fortalece ainda mais os fluxos institucionais para o BTC. E para completar, enquanto os grandes querem comprar, os investidores que já possuem BTC não estão interessados em vender.
Com a recente ação do preço do BTC, os analistas já começaram a fazer previsões de preços otimistas. O principal analista de Bitcoin, MustStopMurad, diz que um preço do BTC de US$ 60.000 é muito possível este ano.
Murad faz suas suposições com base na oferta monetária de dinheiro na economia, medida pelo M1. Níveis críticos para Bitcoin foram observados aos US$ 6.000 em 2018 e 2019 e US$ 30.000 em 2021 e 2022. Curiosamente, ao considerar os níveis M1, esses valores se alinham de perto.
Embora o suprimento de M1 para o BTC tenha crescido ao longo dos anos, Murad acredita que a criptomoeda poder recuperar a marca de US$ 60.000. Se sua análise baseada na oferta de M1 for verdadeira, é possível antecipar um aumento nas previsões de preço da criptomoeda.
Além disso, o próximo halving do BTC no próximo ano em meados de 2024 pode fornecer um catalisador adicional para o preço do BTC.
