O congestionamento da rede do Bitcoin está cada vez mais evidente. Com o aumento da popularidade dos NFTs Ordinals, o mempool da criptomoeda atingiu um tamanho histórico de 1 GB, um aumento de 70% em relação ao limite padrão de 300 MB para esse cache.
Como consequência, cerca de 70 mil transações estão aguardando confirmação, o equivalente a mais de 230 blocos.
O peso do mempool não necessariamente corresponde a um maior número de transações, pois muitas NFT Ordinals, de peso maior do que uma transação média, também estão na lista de espera para confirmação.
Além disso, o congestionamento da rede Bitcoin influencia diretamente nas comissões médias pagas pelos usuários para que suas transações sejam confirmadas no próximo bloco.
Atualmente, as transações que entram no próximo bloco pagam uma taxa de 19 sat/vB, o que representa cerca de US$ 1,20. Na semana passada, essa média chegou a US$ 3,80 por transação.
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Transações paradas no Bitcoin
Outra consequência do congestionamento do Bitcoin está relacionada às transações que ficariam de fora do mempool, esperando serem encaminhadas pelos usuários com maiores comissões.
São transações que pagam comissões abaixo de 5 sat/vB e que são empurradas para fora da lista de espera devido ao limite de 300 MB do mempool. Mais de 50% do peso total do mempool corresponde a transações que pagam menos de 5 sat/vB.
O problema de congestionamento na rede Bitcoin é antigo e, assim como o Ethereum, surgiram propostas de criação de Layers 2 para resolver esse problema.
Esse é o caso da RSK, Liquid, Counterparty e Lightning Network, sendo esta última uma das mais famosas e que tem recebido grande atenção por adotar os princípios da descentralização.
No entanto, nem mesmo estas redes tem sido suficiente para resolver os gargálos do Bitcoin já que, diferente de layers 2 do Ethereum, as redes ‘alternativas’ para o Bitcoin não conseguiram emplacar e atrair muitos usuários ativos.
