A Binance se tornou a segunda maior entidade com poder de voto na Uniswap DAO e isso não foi recebido muito bem pela comunidade, que passou a criticar a exchange.
Um dos críticos foi o próprio CEO da Uniswap, Hayden Adams. Ele declarou que a situação era “única”. Além disso, ele acrescentou que “a UNI tecnicamente pertence a seus usuários”. Em seguida, acusou a Binance de usar fundos de usuários para acumular votos de governança.
De acordo com Adams, não está claro como a exchange de criptomoedas pretende se envolver com as decisões da DEX. Ele argumentou que os usuários da Binance “prefeririam manter esses direitos governamentais”, citando a ação da Compound com a cUNI.
A Binance, atualmente, detém 5,9% do poder de voto da plataforma, ficando atrás da gigante de capital de risco a16z, que controla 6,7%. O valor alocado é de quase 1,3% da oferta total da UNI.
Binance e UNI
Na prática, isso permitirá que a Binance apresente propostas de governança, pois excede o limite necessário de 0,25%. Apesar disso, ficou aquém do quórum de 4% necessário para aprovar votos.
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“A ação da Binance foi vista de forma ruim pela comunidade. Algo como uma exchange centralizada controlando uma DEX”, disse Chayanika Deka.
Para contornar as críticas, o CEO da Binance, Changpeng Zhao, o “CZ”, disse que a exchange não vota com tokens de usuário.
“A UNI foi transferida entre carteiras internas da Binance, fazendo com que a UNI fosse delegada automaticamente. Isso faz parte do protocolo deles. A Binance não vota com os tokens do usuário. A Uniswap não entendeu a situação”, disse.
A equipe por trás do DEX, a Uniswap Labs, garantiu recentemente US$ 165 milhões em uma rodada de financiamento com a liderança da Polychain Capital e da Andreessen Horowitz (a16z). Em seguida, a plataforma revelou planos para implantar o capital recém-criado para investimentos em NFT e ferramentas de desenvolvimento.
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