A gestora Hashdex publicou nesta segunda-feira (24) um estudo sobre o ecossistema de finanças descentralizadas (DeFi). O documento, divulgado pela equipe de research da gestora, aponta que as DeFi serão o destaque nos investimentos em 2022.
De acordo com a gestora, o mercado vive um momento de crescimento vertiginoso de usuários e também de desenvolvimento de novas tecnologias. Nesse sentido, o relatório aponta que o valor total alocado (TVL) dos protocolos DeFi saltou de US$ 1 bilhão em junho de 2020 para mais de US$ 100 bilhões em novembro de 2021.
Além disso, sua base de usuários evoluiu de 20 mil usuários, em janeiro de 2020, para cerca de 3,5 milhões, em outubro de 2021. Longe de serem uma moda passageira, os protocolos DeFi estão resolvendo problemas reais
“Vários protocolos DeFi desenvolveram casos de uso que satisfazem as necessidades reais dos usuários e estão sendo amplamente utilizados pelo mercado. Por exemplo, os protocolos de concessão de crédito e empréstimo, como o Aave e o Compound, e as exchanges descentralizadas, como o Uniswap, vêm ganhando enorme adesão com soluções inovadoras”, comenta Carlos Eduardo Gomes, Head de Research da Hashdex.
Receitas e renda passiva
Além disso, as DeFi possuem um enorme potencial como geração de renda passiva. A Hashdex destaca que contrário do Bitcoin e de outros criptoativos, que não possuem fluxos de caixa futuros previstos, parcela relevante dos protocolos de DeFi geram receita com a cobrança de uma taxa sobre as operações efetuadas nas suas plataformas.
Essas taxas são revertidas para os usuários dos protocolos ou diretamente para os proprietários de tokens. Dessa forma, os protocolos remuneram seus usuários de forma similar aos dividendos de uma empresa.
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De acordo com a pesquisa da Hashdex, os principais protocolos do segmento já geram mais de US$ 3,8 bilhões anuais em receitas para seus investidores. E essas receitas aumentam de forma crescente, visto que já chegaram a US$ 320 milhões em novembro de 2021, 500% a mais que no mesmo período de 2020.
Adoção institucional das DeFi
Por fim, o relatório mostra que as DeFi são uma indústria viável e crescente, que vem construindo um núcleo forte e comprometido de usuários. Ao mesmo tempo, o setor tem atraído os olhos de grandes nomes do mercado institucional.
“Percebemos que, cada vez mais, corporações, fundações, fundos soberanos e fundos de previdência vêm examinando a possibilidade de inserir cripto em suas carteiras. O financiamento de capital de risco para o setor, por exemplo, atingiu US$ 25 bilhões em 2021, oito vezes mais que em 2020”, conclui Gomes.
Ou seja, as DeFi são cada vez mais enxergadas como uma classe de investimento, através de protocolos que já armazenam bilhões de dólares.
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