Visa quer usar Real Digital em cartão de criptomoedas do Brasil

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No final de março, como informou o CriptoFácil, a bandeira de cartões Visa confirmou que pretende lançar um cartão com suporte para criptomoedas ainda em 2021 no Brasil.

Agora, o vice-presidente de Novos Negócios da Visa Brasil, Eduardo Abreu, afirmou que o real digital, ou seja, a moeda digital emitida pelo Banco Central do Brasil (Bacen) integrará esse cartão.

CBDC do Brasil será integrada ao sistema Visa

Em entrevista ao TeleSíntese, Abreu destacou que a Visa deseja tornar o acesso às criptomoedas mais seguro. Além disso, a bandeira de cartões quer que os criptoativos sejam mais usados e aplicáveis ao setor de pagamentos.

“Estamos com equipe e estrutura para atuar fortemente no mercado de criptomoedas no Brasil. Mas respeitando a regulação, como ocorre nos Estados Unidos”, afirmou Abreu.

No caso dos EUA, para liquidaras transações, a Visa trabalha com a stablecoin USDC, vinculada ao dólar.

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“Se faço uma compra de US$ 100, o valor é automaticamente convertido para USDC e abatido do meu saldo”, explicou.

De acordo com o executivo, o processo de inserir uma nova criptomoeda no sistema da Visa, que já opera com mais de 160 moedas, é como “cadastrar” um novo país. Isso porque é preciso, segundo ele, parametrizar o sistema contábil e de liquidação.

No caso do Brasil, Abreu informou que a moeda digital brasileira já consta no roadmap da Visa. Conforme afirmou, moedas digitais de bancos centrais são mais seguras e apresentam menos problemas de escalabilidade.

Experiência nos EUA será parâmetro

Para promover a integração da moeda quando ela for lançada, a Visa planeja seguir o caminho percorrido nos EUA.

No país norte-americano, a bandeira firmou uma parceria com o banco credenciado em criptoativos Ancorauge. Ele conecta, por meio de suas APIs, as instituições interessadas em negociar moedas digitais.

Nesse sentido, a Visa acredita que essa estratégia pode funcionar também no Brasil. Afinal, muitos bancos brasileiros e emissores não dispõem de brokers especializados para essa operação

“Em vez do Itaú procurar alguém, poderá usar nossa parceria com o Ancorauge, que é a instituição financeira que está por trás dessa operação”, observou.