Após uma série completa de textos sobre o Ethereum, é comum que algumas dúvidas permaneçam. Ao mesmo tempo, novas dúvidas podem surgir. Afinal, estamos falando de uma tecnologia muito recente e com diversas aplicações. É difícil explicar o que é o Ethereum em alguns poucos textos.
Por isso, vamos fechar a série com uma lista de dez perguntas e respostas resumidas sobre o tema. Assim, a confusão que muitas vezes se faz entre a Ether (ETH) e o Bitcoin pode ficar mais clara. Siga este artigo e entenda de uma vez por todas o que é o Ethereum e como ele funciona através das respostas às seguintes perguntas:
- O que é Ethereum?
- Como surgiu o Ethereum?
- Para que serve o Ethereum?
- O que é Ether (ETH)?
- Como minerar ETH?
- O que são contratos inteligentes?
- Quais as principais diferenças entre Bitcoin e Ethereum?
- Quais são as principais aplicações do Ethereum hoje?
- O que são carteiras de Ethereum?
- Como comprar e vender Ether?
O que é Ethereum?
O Ethereum é uma plataforma blockchain descentralizada que funciona com base numa criptomoeda (ETH). A plataforma conta com validadores (nós) espalhados em todas as partes do mundo. Ninguém, nem mesmo o criador da rede, tem controle total sobre ela.
Com isso, pessoas possuem liberdade para executar várias aplicações no Ethereum. É possível utilizá-lo para criar desde códigos simples até o seu próprio ecossistema de criptomoeda. Além disso, o Ethereum possui uma série de outras aplicações além do ETH, as quais veremos mais adiante.
Como surgiu o Ethereum?
O Ethereum foi concebido em 30 de julho de 2015. Nesta data, o programador russo-canadense Vitalik Buterin liberou o código da criptomoeda. A criptomoeda foi lançada por meio de uma Oferta Inicial de Moedas (ICO, na sigla em inglês). Essa ICO arrecadou cerca de US$ 18 milhões na época. A primeira versão do Ethereum recebeu o nome de Frontier.
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Buterin conheceu o Bitcoin cedo, mas achou a invenção de Satoshi Nakamoto bastante limitada. Por isso, sua ideia era criar uma plataforma blockchain que pudesse realizar várias aplicações, de acordo com o desejo de cada desenvolvedor. Além de Buterin, Gavin Wood, Charles Hoskinson, Joe Lubin, Anthony Di Iorio e Mihai Alisie foram co-fundadores.
Para que serve o Ethereum?
Em seu whitepaper, Vitalik Buterin escreveu um projeto que fosse além da simples aplicação financeira. Dessa forma, o Ethereum foi concebido como sendo um “supercomputador descentralizado”, uma ferramenta para diversas aplicações. Essas aplicações podem, inclusive, ser feitas fora do Ethereum.
As duas principais aplicações da rede são a criação de contratos inteligentes e as já citadas ICOs. Estas permitem que qualquer pessoa possa captar recursos através da criação de um token. Já os contratos inteligentes são ferramentas que permitem a criação de instrumentos legais digitais. Esses instrumentos são executados através dos códigos, reduzindo – ou eliminando por completo – a interferência humana.
O que é o Ether (ETH)?
A Ether (ETH) é o token que serve como “combustível” para a rede Ethereum. É através dele que todas as transações são executadas dentro da blockchain. Assim como o Bitcoin, a ETH também pode ser utilizada para realizar transações financeiras. Hoje ela é a segunda maior criptomoeda em valor de mercado, atrás apenas do Bitcoin.
No entanto, a ETH também possui outras funções. Nas ICOs, ela funciona como o token base para calcular os valores dentro da blockchain. Ela também é a ferramenta na qual os contratos inteligentes são negociados e cotados. Seu tempo de transação é de apenas 12 segundos, contra cerca de 10 minutos do Bitcoin.
Como minerar ETH?
Atualmente, a mineração de ETH funciona pelo mecanismo de Prova de Trabalho (PoW, na sigla em inglês). Por esse mecanismo, os mineradores emprestam poder computacional (hashrate) para manter a rede segura. Ao mesmo tempo, esse hashrate é utilizado para descobrir códigos matemáticos na busca dos novos blocos.
Quando um minerador acha um novo bloco, ele comunica o fato para o resto da rede através do hash. Ao fazer isso, ele recebe uma recompensa em ETH por ter contribuído para a segurança. Como vimos, os blocos de ETH são minerados a cada 12 segundos em média. Já a recompensa dos blocos gira em torno de 3 ETH.
Em dezembro, ocorreu o lançamento da tão aguardada Ethereum 2.0. A nova atualização trouxe uma série de mudanças no Ethereum, inclusive na mineração. Agora, o Ethereum tem a mineração via Prova de Participação (PoS), que promete trazer mais eficiência e menores custos para os mineradores.
O que são contratos inteligentes?
Os contratos inteligentes são contratos executados por meio de códigos escritos e operados em uma blockchain. Por conta disso, eles não dependem de qualquer tipo de intervenção humana – aliás, eles existem justamente para eliminar o fator humano dos contratos. A funcionalidade dos contratos inteligentes é uma das grandes inovações trazidas pelo Ethereum.
A ideia por trás dos contratos inteligentes é realizar transações entre duas ou mais partes de forma rápida e anônima. Num contrato inteligente bem executado, apenas as partes envolvidas na negociação possuem acesso ao contrato. E esse contrato é executado através de um código, totalmente livre da influência humana.
Com isso, eles eliminam a necessidade de advogados, juízes ou outros intermediários para fazer cumprir as cláusulas de execução. Os contratos inteligentes possuem essas e mais uma série de vantagens. As principais delas são:
- Facilidade de elaboração e assinatura de contratos;
- Mobilidade, pois os contratos podem ser assinados de qualquer lugar do mundo;
- Menores custos de execução e sem intermediários;
- A rede funciona 24 horas por dia, 7 dias por semana, sem feriados nem férias de juízes ou advogados;
- Redução substancial no risco de fraudes e descumprimento de cláusulas;
- Auditoria aberta e facilitada.
Quais as principais diferenças entre Bitcoin e Ethereum?
Muitas pessoas enxergam o Bitcoin e o Ethereum como rivais. Afinal, ambas são as maiores blockchains existentes no mercado. No entanto, isso não é exatamente verdade, pois Bitcoin e Ethereum foram criados com propósitos diferentes. Além disso, as tecnologias e as criptomoedas possuem particularidades em sua construção e funcionamento.
Uma das diferenças é a limitação na oferta. O Bitcoin possui uma quantidade limitada: só existirão 21 milhões de unidades. Já o Ethereum não possui essa limitação para a ETH. Além disso, o Bitcoin tem como principal objetivo ser um meio de transferir valores e uma potencial reserva de valor. Já a ETH pretende ser um centro para o desenvolvimento de novas aplicações. Portanto, investir em uma não equivale a competir com a outra.
Quais são as principais aplicações do Ethereum hoje?
Como vimos na pergunta anterior, o Ethereum tem o objetivo de ser um centro para facilitar a criação de novas aplicações. De certa forma, ele pretende ser um “supercomputador descentralizado” que traz um mar de possibilidades. E nos últimos cinco anos, seu uso tem se ampliado cada vez mais.
Um de seus principais usos é na busca pela consolidação dos contratos inteligentes. As ICOs, por outro lado, têm auxiliado empresas a captar recursos de forma rápida e fácil, em todas as partes do mundo. Com elas, qualquer pessoa pode criar projetos e captar recursos de qualquer lugar do mundo.
O Ethereum também está impulsionando as finanças descentralizadas (DeFi), modalidade que promete revolucionar setores como os bancos e investimentos. Por isso a blockchain tem crescido em procura e valor, visto que possui várias demandas. As principais delas são:
- Criar empresas e projetos de forma rápida e sem burocracia;
- Facilita o investimento inicial em startups e outros negócios promissores;
- Possibilita a criação de outras criptomoedas e mais concorrência neste mercado;
- Reduz custos e processos para diversas aplicações, como assinatura de contratos;
- Diversifica o uso da tecnologia blockchain para além da transferência de valores.
O que são carteiras de Ethereum?
Uma carteira de Ethereum serve para armazenar com segurança os ETH comprados. São esses dispositivos que permitem ao investidor o controle total sobre suas criptomoedas. Essas carteiras podem ser de variados tipos e funcionalidades, sendo as principais delas as carteiras de hardware, carteiras mobile e carteiras desktop, além das carteiras de papel.
Ao contrário das carteiras de Bitcoin, que só armazenam o token do Bitcoin em si, as carteiras de ETH também podem guardar os tokens criados no Ethereum (tokens ERC-20). Essa praticidade traz mais segurança para os investidores. Afinal, eles podem guardar todo o seu dinheiro em um único aplicativo ou hardware.
Como comprar e vender Ether?
Comprar e vender ETH é tão simples quanto fazer o mesmo com o Bitcoin. A forma mais rápida de fazê-lo é pelas exchanges, pois lá as compras ocorrem quase instantaneamente. Outra possibilidade de adquirir ETH é através de vendedores P2P que possam negociar a criptomoeda.
Hoje em dia, a ETH possui uma aceitação tão ampla quanto a do Bitcoin. Praticamente todas as principais exchanges do mundo operam ETH. Por causa dessa liquidez, comprar como investimento ou operar ETH no curto prazo está cada vez mais viável.
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