Uma das principais bolsas de derivativos do Japão iniciou os preparativos para lançar contratos futuros de Bitcoin, criando concorrência às bolsas dos Estados Unidos que anunciaram o lançamento do produto ainda este mês, de acordo com um artigo publicado pela Bloomberg, agência de notícias norte-americana.
A Tokyo Financial Exchange Inc., que tem bancos como JPMorgan e Barclays Bank como parceiros comerciais, planeja criar um grupo de trabalho para estudar criptomoedas em janeiro do próximo ano, disse Shozo Ohta, diretor executivo da empresa, durante uma coletiva de imprensa na semana passada. Dentre algumas exigências, estaria a alteração na legislação de valores mobiliários do país, disse Ohta. No Japão, a formação de um grupo de trabalho significa, tipicamente, o primeiro passo para a elaboração de novas leis.
“Uma vez que a lei de câmbio e instrumentos financeiros reconheça as criptomoedas como produtos financeiros, iremos listar os futuros de Bitcoin o mais rápido possível“, disse Ohta aos repórteres em 1º de dezembro. “Para conseguir isso, vamos iniciar este grupo de trabalho com intuito de estudar vários aspectos, incluindo o status atual do Bitcoin, sua perspectiva e de qual forma ele irá ser enraizado sociedade japonesa“, completou.
A bolsa, conhecida como TFX, é independente do principal local de negociação do país, o Japan Exchange Group Inc., que administra os futuros Nikkei 225 e Topix. A TFX é usada por investidores institucionais para os futuros de taxa de juros Euroyen, e também é usada para futuros de taxas de câmbio e títulos. Somando todos os produtos, 3,5 milhões de contratos foram negociados em novembro, de acordo com seu site.
Em abril, o Japão tornou-se a maior potência a reconhecer o Bitcoin como um método legal de pagamento e iniciou o controle das corretoras de criptomoedas no país. Até à data, 15 corretoras de moedas digitais receberam licenças da Agência de Segurança Financeira (FSA, na sigla em inglês). As corretoras de cripto japonesas representam cerca de metade do volume de negociação de Bitcoin de todo o mundo, impulsionadas por um modelo comercial incomum que não cobra taxas de negociação.
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