Ajay Banga, CEO da Mastercard, afirmou que o Bitcoin (BTC) não serve para ajudar os desbancarizados.
No entanto, o empresário acredita que as moedas digitais emitidas por bancos centrais (CBDCs, na sigla em inglês) serão capazes de ajudar as pessoas economicamente expostas.
“Bitcoin não pode ajudar os desbancarizados”, afirma Banga
O representante da Mastercard emitiu a sua opinião sobre o BTC em um fórum organizado pela Fortune:
“O Bitcoin, por si só, é volátil no seu valor. Você consegue imaginar alguém que é economicamente excluído negociando um ativo que pode custar o equivalente a 2 garrafas de Coca-Cola hoje e 21 amanhã? Essa não é a maneira de incluí-los. Pelo contrário: esse é a maneira de deixar essas pessoas com medo do sistema financeiro.”
Dessa maneira, Banga se preocupa com a influência da volatilidade do preço do Bitcoin na vida das pessoas desbancarizadas.
Contudo, a volatilidade da criptomoeda deixou de ser intensa há algum tempo, na comparação com os seus primórdios.
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Logo, apesar da alcunha de ativo instável, o preço do Bitcoin vem se mostrando consistente durante a crise econômico-sanitária de 2020.
Remessas internacionais são importantes para países pobres
Por outro lado, Banga parece mais otimista em relação às CBDC’s:
“Moedas fiduciárias, se forem para o meio digital, vão ajudar nas transações internacionais e melhorar a sua eficiência.”
Vale ressaltar que as remessas internacionais são vitais para alguns países em desenvolvimento. Desse modo, atualmente, as nações que recebem mais remessas em dólares são:
- Índia – R$ 479 bilhões;
- China – R$ 395 bilhões;
- México – R$ 222 bilhões;
- Filipinas – R$ 203 bilhões;
- Egito – R$ 154,88 bilhões.
No caso do Brasil, as remessas internacionais estão batendo recordes em 2020 devido à valorização da moeda estadunidense.
Assim, de janeiro a setembro, os brasileiros receberam o equivalente a R$ 13,87 bilhões em dólares vindos de outros países.
Mastercard não ignora as criptomoedas
A Mastercard não ignora o apelo das criptomoedas para a indústria financeira global.
De acordo com Banga, a empresa possui diversas patentes relacionadas às CDBCs.
Além disso, a empresa possui projetos ligados à emissão de “cartões de criptomoedas”, conforme noticiado pelo Cointelegraph.
Entretanto, a Mastercard parece ver mais apelo nas soluções centralizadas do que nas alternativas descentralizadas, como é o caso do Bitcoin.
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