A empresa de pagamentos Visa está buscando ampliar os negócios no Brasil para além de serviços de cartão.
Para isso, está mirando no PIX, novo sistema de pagamentos instantâneos e no WhatsApp Pay, que ainda não foi liberado.
Foco em serviços de tecnologia
Conforme noticiou a Reuters nesta quarta-feira (14), a Visa está vendendo serviços de prevenção de fraudes e autenticação de transações para instituições participantes do PIX.
A ação integra o plano global da empresa para ganhar notoriedade no setor de tecnologia além dos serviços de cartão. Foi o que afirmou o presidente da companhia no Brasil, Fernando Teles:
Confira nossas sugestões de Pre-Sales para investir agora
“Nossa meta é de que os serviços de tecnologia representem dois dígitos das nossas receitas”, disse Teles à Reuters.
Além dos serviços relacionados ao PIX, a estratégia de expansão da Visa no Brasil deve incluir a oferta de serviços de empresas compradas pela companhia recentemente.
Em janeiro deste ano, por exemplo, a Visa comprou a startup de transferências digitais Plaid. Em 2019, a empresa adquiriu a startup de remessas internacionais EarthPort.
No Brasil, a Visa também investiu na empresa de pagamentos digitais Conductor.
Forte concorrência no setor de pagamentos
Essas aquisições da Visa e o foco em serviços de tecnologia são a maneira encontrada pela empresa para não perder força no mercado.
Isso porque as transações financeiras com cartões de débito e de crédito enfrentam uma forte concorrência atualmente. Principalmente com a chegada do PIX, prevista para novembro.
Nesse sentido, Teles destacou que, no longo prazo, esses serviços de tecnologia responderão por uma parcela significativa das receitas da Visa.
Foco no PIX e no WhatsApp
No dia 5 de outubro, como noticiou o CriptoFácil, foi aberto o cadastramento de chaves do PIX. Até o momento, mais de 30 milhões de chaves já foram cadastradas segundo o Banco Central.
O novo sistema vai permitir transações imediatas e gratuitas 24 horas por dia, todos os dias do ano.
Mas não é só no PIX que a Visa está focada. A empresa também pretende participar da modalidade de pagamentos pelo WhatsApp, o WhatsApp Pay, que só está autorizada a funcionar em fase de testes.
Segundo a Reuters, a taxa prevista para ser cobrada sobre lojistas é de 3,99% sobre o valor das transações. O valor é visto com bons olhos pelo presidente da Visa no Brasil:
“É uma taxa competitiva, considerando que em outros canais, a taxa é maior”, disse Teles.
Leia também: Nota de R$ 200 deve parar de circular, determina Defensoria Pública
Leia também: Buscas no Google por Bitcoin e DeFi caem no último trimestre
Leia também: B3 bate recorde de captações e pode superar máxima histórica