A BHP, maior mineradora de ouro do mundo, realizou a primeira transação de minério em blockchain, informou a Reuters na segunda-feira, 29 de junho.
O valor foi de aproximadamente US$ 14 milhões (R$ 75 milhões), realizada com a gigante chinesa de metais Baoshan Iron & Steel Co. (Baosteel). A transação foi realizada em uma plataforma criada pela startup canadense MineHub Technologies. Ela processou os termos do contrato, trocou documentos on-line e forneceu visibilidade e responsabilidade ao longo da cadeia de suprimentos.
A transação é importante visto que o setor de mineração é muito dependente de sistemas baseados em papel. Assim, o uso da blockchain revela uma necessidade da BHP e a Baosteel mudarem para meios digitais. Isso aumenta a eficiência e transparência do processo.
“O setor de commodities precisa de uma revolução digital para reduzir os processos de documentação física”, de acordo com Michiel Hovers, diretor de vendas e marketing da BHP.
União entre blockchain e ouro
A Baosteel é o braço estatal chinês do Baowu Steel Group Co. Ltd. A empresa já usou a tecnologia blockchain anteriormente ao emitir a primeira carta de crédito internacional (LC) denominada em yuan via a plataforma Contour em maio. A Contour é desenvolvida com base na tecnologia Corda da R3, empresa de software de blockchain focada na empresa.
A MineHub disse que a transação da BHP foi a primeira de uma série que envolve sua plataforma blockchain. Ela ocorre no momento em que agente mal-intencionados se aproveitam das vulnerabilidades da cadeia de suprimentos durante o surto de Covid-19.
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“Os atuais eventos de pandemia e casos de fraude no setor de comércio de commodities estão causando uma mudança radical na adoção de soluções digitais”, disse o CEO da MineHub, Arnoud Star Busmann.
Não é a primeira vez que blockchain e ouro se unem. No início do ano, o banco turco Takasbank anunciou a conclusão de uma plataforma para transferir ouro via blockchain. O sistema permite a emissão, reembolso e transferência de ouro digitalizado.
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