Um esquema de pirâmide financeira fez mais uma vítima no Brasil. Desta vez, o caso envolve uma velha conhecida, a MinerWorld. Trata-se de um empresa com sede no Mato Grosso do Sul e Paraguai, que teria lesado pelo menos 50 mil clientes, oferecendo altos rendimentos por meio de operações com criptomoedas.
Vítimas da pirâmide
Conforme noticiou o portal de notícias R7 nesta quarta-feira, dia 10 de junho, o investidor lesado é o técnico de processos industriais Cleber Oliveira. A vítima conta que perdeu suas economias de 20 anos em apenas dois meses ao ser enganado pela Miner. No total, foram R$ 120 mil investidos no golpe:
“Estamos há três anos com esse prejuízo e a sensação de impunidade”, lamentou Oliveira.
Outra vítima do esquema de pirâmide foi André Arraes que também sonhava com os lucros. No entanto, só lhe restou um prejuízo de R$ 522 mil junto com a família. Nesse caso, o esquema foi descoberto em 2018.
O que diz a defesa
A empresa nega todas as acusações e sua defesa alega que a MinerWorld também foi uma vítima. A empresa afirma ter sofrido um ataque hacker e diz que não agiu de má fé.
Segundo o advogado Rafael Lopes, a empresa trabalhava há um ano e meio e o que desorganizou foi o hack.
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“Sem capital não tem como pagar”, afirmou.
Sobre a MinerWorld
Uma das primeiras vezes em que o CriptoFácil noticiou sobre a MinerWorld foi quando a empresa começou a ser investigada pela Comissão Nacional de Valores do Paraguai (CNV) em 2017, sob acusação de fraude e suspeita de operar um esquema de pirâmide financeira.
A empresa oferecia até dez tipos de investimentos, prometendo retornos de até 40%.
Já em 2018, a empresa foi alvo de uma operação da Polícia Federal que prendeu dez pessoas. Além disso, cerca de R$ 43 milhões em bens e criptomoedas ainda estão bloqueados.
O portal R7 informou que a Justiça pode usar esse dinheiro para ressarcir as vítimas, mas o valor só cobre 30% do prejuízo estimado.
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