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9 fazendas de mineração de Bitcoin fecharam no Paraguai após aumento de energia elétrica

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O Paraguai, que até recentemente era considerado um paraíso para a mineração de Bitcoin devido aos seus baixos custos de energia, enfrenta agora um cenário de retração no setor.

Nesta terça-feira, 27 de agosto, foi anunciado que nove fazendas de mineração de Bitcoin encerraram suas atividades no país. O motivo do fechamento está diretamente relacionado ao aumento nas tarifas de energia elétrica imposto pela Administração Nacional de Eletricidade (ANDE).

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O reajuste nas tarifas de energia, que variou entre 9% e 16%, tornou insustentável a continuidade das operações para muitas dessas empresas, que até então se beneficiavam da abundante e barata energia hidroelétrica do país.

As fazendas de mineração afetadas pertenciam à categoria do Grupo de Consumo Intensivo Especial, grupo que, devido à natureza energética de suas operações, dependia fortemente das tarifas reduzidas oferecidas anteriormente.

Hugo Rolón, gerente da ANDE, comentou que a maioria dessas empresas foi forçada a interromper suas atividades por não conseguir arcar com os novos custos de energia ou por tomar a decisão estratégica de encerrar suas operações.

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“Temos nove clientes que foram dados de baixa por impago de suas faturas ou porque, ao regularizá-los para a nova categoria tarifária, comunicaram que não continuarão com a atividade”, declarou Rolón à imprensa local.

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Essa situação contraria as expectativas do presidente da ANDE, Félix Sosa, que anteriormente descartou a possibilidade de que as empresas mineradoras abandonassem o Paraguai devido ao aumento das tarifas.

No entanto, a realidade provou o contrário, e o fechamento dessas fazendas de mineração reflete um impacto significativo na indústria local de criptoativos.

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Além das dificuldades enfrentadas pelas operações legais, o governo paraguaio intensificou suas ações contra fazendas de mineração ilegais. Em uma série de intervenções, foram realizadas mais de trinta operações que resultaram na apreensão de dezenas de milhares de equipamentos ASIC utilizados para mineração clandestina de Bitcoin.

Essas operações visam combater o roubo de eletricidade, uma prática que se tornou comum entre operações de mineração ilegais no país.

O cenário atual gera incertezas sobre o futuro da mineração de Bitcoin no Paraguai, que, até recentemente, se destacava como um dos principais hubs para essa atividade na América Latina.

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O aumento das tarifas de energia pode desencadear uma migração dessas operações para outros países, onde os custos operacionais ainda sejam mais baixos, ou até mesmo a adoção de novas estratégias pelas empresas que permanecem no país.

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Cassio Gusson

Cássio Gusson é jornalista há mais de 20 anos com mais de 10 anos de experiência no mercado de criptomoedas. É formado em jornalismo pela FACCAMP e com pós-graduação em Globalização e Cultura. Ao longo de sua carreira entrevistou grandes personalidades como Adam Back, Bill Clinton, Henrique Meirelles, entre outros. Além de participar de importantes fóruns multilaterais como G20 e FMI. Cássio migrou do poder público para o setor de blockchain e criptomoedas por acreditar no potencial transformador desta tecnologia para moldar o novo futuro da economia digital.