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Em meio à quinta semana consecutiva de saídas no mercado de criptoativos, totalizando US$ 1,7 bilhão em resgates, XRP e Cardano surgiram como as únicas exceções, registrando entradas de fundos em um cenário dominado pela desaceleração.
Enquanto o Bitcoin liderou as saídas com US$ 978 milhões na semana, os dois ativos contrariaram a tendência. O XRP, por exemplo, captou US$ 1,8 milhão e a Cardano, US$ 400 mil, segundo dados do relatório da corretora CoinShares.
Um relatório divulgado pela CoinShares em 17 de março de 2025 revelou um cenário turbulento para os fundos de investimento em criptoativos, marcado pela 5ª semana consecutiva de saídas. O acumulado negativo atingiu US$ 6,4 bilhões no período, configurando a pior sequência de saídas desde o início dos registros da empresa, em 2015.
Enquanto a maior parte do mercado enfrentou pressão, dois ativos se destacaram como exceções: XRP e Cardano (ADA). Ambos registraram entradas de fundos, contrariando a tendência dominante.
Em um ambiente marcado pelo pessimismo, o XRP surpreendeu com entradas de US$ 1,8 milhão na semana, mantendo trajetória positiva mesmo diante da volatilidade generalizada. Já o Cardano (ADA) superou as expectativas ao captar US$ 400 mil, tornando-se a única outra criptomoeda com fluxos líquidos positivos no período. Esses números contrastam fortemente com o desempenho de gigantes como Bitcoin e Ethereum, que lideraram as saídas.
O Bitcoin, principal criptoativo do mercado, registrou US$ 978 milhões em resgates apenas na última semana, elevando, assim, o total de saídas para US$ 5,4 bilhões em cinco semanas.
O Ethereum, segunda maior moeda digital, não ficou imune à pressão, com US$ 176 milhões em saídas, enquanto a Solana viu US$ 2,2 milhões serem retirados de seus fundos. O cenário foi ainda mais crítico para o BNB, que perdeu quase todos os ativos sob gestão (AuM), restando apenas US$ 15 milhões em seu portfólio.
Regionalmente, os Estados Unidos foram o epicentro do movimento de resgates, respondendo por 93% do total de saídas (US$ 1,16 bilhão). A Suíça também registrou números expressivos, com US$ 528 milhões em saídas, impulsionadas pela retirada de um investidor-chave. Em contrapartida, Brasil e Alemanha foram exceções, com entradas de US$ 4,2 milhões e US$ 8 milhões, respectivamente.
Apesar do cenário desafiador, o relatório destaca que os fluxos acumulados no ano permanecem positivos em US$ 912 milhões, sugerindo que o mercado ainda mantém resiliência em um horizonte mais amplo. No entanto, a queda de US$ 48 bilhões nos ativos sob gestão (AuM) reflete a cautela dos investidores diante de correções de preço e incertezas macroeconômicas.
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