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Worldcoin permitirá que empresas e governos acessem seu sistema de identificação

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Em meio à controversas envolvendo a privacidade de dados dos usuários, o projeto Worldcoin (WLD) informou que permitirá que empresas e governos acessem seu sistema de identificação. O projeto, cofundado pelo CEO da OpenAI, Sam Altman, responsável pelo ChatGPT, pretende criar um sistema global de identificação digital por meio da varredura de íris.

Esse sistema alertou autoridades de privacidade de vários países, incluindo Alemanha e França. Além disso, o Quênia suspendeu o projeto no país, alegando preocupações com o “registro de cidadãos por meio da coleta de dados do globo ocular/íris”.

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Apesar disso, um gerente sênior da empresa por trás do projeto disse à Reuters que a Worldcoin vai expandir suas operações para inscrever mais usuários globalmente. Além disso, pretende permitir que outras organizações usem sua tecnologia de escaneamento de íris e verificação de identidade.

“Temos a missão de construir a maior comunidade financeira e de identidade que pudermos”, disse Ricardo Macieira, gerente geral para a Europa da Tools For Humanity, empresa com sede em São Francisco e Berlim por trás do projeto.

Macieira disse ainda que a Worldcoin continuará implementando operações na Europa, na América Latina, na África. Segundo ele, o projeto chegará a “todas as partes do mundo que os aceitarem”.

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Sobre a Worldcoin (WLD)

A Worldcoin foi lançada na semana passada e causou um frenesi no mercado. Em maio, o projeto levantou US$ 115 milhões de investidores de capital de risco, incluindo Blockchain Capital, a16z crypto, Bain Capital Crypto e Distributed Global, por exemplo, em uma rodada de financiamento.

Após o lançamento, o preço de seu token nativo, o WLD, disparou mais de 70% com a listagem em várias exchanges. De acordo com dados do CoinGecko, o preço do criptoativo subiu cerca de 4% nas últimas 24 horas para US$ 2,40.

Mais de 2 milhões de pessoas já se inscreveram para criar a sua identidade digital por meio da digitalização de sua íris. Os participantes do projeto recebem recompensas em token WLD.

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O site da Worldcoin menciona várias aplicações possíveis da identificação global digital. Isso inclui, por exemplo, distinção entre humanos de inteligência artificial, “processos democráticos globais” e caminho para uma renda básica universal.

“Não acho que seremos os únicos a gerar a renda básica universal. Se pudermos fazer a infraestrutura que permita aos governos ou outras entidades fazer isso, ficaremos muito felizes”, disse Macieira. “A ideia é que, à medida que construímos essa infraestrutura, permitimos que outros terceiros usem a tecnologia.”

Em resposta aos reguladores de privacidade, a Worldcoin Foundation, uma entidade com sede nas Ilhas Cayman, disse em comunicado que cumpre todas as leis que regem dados pessoais. Além disso, informou que continuará a cooperar com as solicitações dos órgãos governamentais por informações sobre suas práticas de privacidade e proteção de dados.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.