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Vitalik Buterin critica cypherpunks e diz que as criptomoedas têm que evoluir

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O cofundador do Ethereum (ETH) Vitalik Buterin criticou os criadores de todo o universo cripto/blockchain e argumentou que a comunidade em torno dos criptoativos deveria evoluir para além do individualismo associado aos seus primeiros dias, vinculados exclusivamente ao movimento cypherpunk.

Para Buterin, a ação é necessária para desenvolver a tecnologia e criar novos sistemas sociais equitativos e inovadores com impacto social positivo. O cofundador proferiu suas palavras durante a RadicalxChange, uma conferência em Detroit que contou com a presença do economista Glen Weyl, coautor do livro “Radical Markets“, que argumenta a favor de repensar os mercados dentro de uma perspectiva liberal encorajada e radicalizada como um antídoto à neorreação, o populismo e o protecionismo.

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Em seu discurso, Buterin argumentou que os defensores e desenvolvedores de criptomoedas de hoje deveriam evoluir para longe do feroz individualismo do movimento cypherpunk e de um foco excessivo na maximização da autonomia e da privacidade.

Como mostra a Cointelegraph, para o cofundador do Ethereum, o dinheiro, argumentou ele, é fundamental e profundamente social e o potencial das criptomoedas e da tecnologia blockchain é fazer avançar uma agenda coletiva explicitamente política. Isso significa para ele repensar os modelos de governança social, formalizar a identidade e a participação na comunidade, facilitar o financiamento equitativo dos bens públicos e reformular as estruturas de propriedade.

Buterin argumenta que esse ideal pode ser alcançado com as criptomoedas e com a blockchain – e, mais fundamentalmente, o uso criativo e astuto da tecnologia para lidar com objetivos político-econômicos concretos – como uma saída para o impasse contemporâneo. Os críticos do status quo, afirmou, defendem tanto o “estatismo centralmente planejado ao estilo dos anos 1950” à esquerda, quanto o “capitalismo de livre mercado com um pouco mais de bem-estar” entre os centristas. “Ambas ideias”, argumentou ele, representam “becos sem saída intelectuais”.

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Notando que a invenção do Bitcoin representa um movimento poderoso contra a hegemonia dos bancos centrais e privados, ele propôs que plataformas de contratos inteligentes como o Ethereum, bem como blockchains com foco na governança, podem ajudar a realizar plenamente seu impulso revolucionário originário.

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Cassio Gusson

Cássio Gusson é jornalista há mais de 20 anos com mais de 10 anos de experiência no mercado de criptomoedas. É formado em jornalismo pela FACCAMP e com pós-graduação em Globalização e Cultura. Ao longo de sua carreira entrevistou grandes personalidades como Adam Back, Bill Clinton, Henrique Meirelles, entre outros. Além de participar de importantes fóruns multilaterais como G20 e FMI. Cássio migrou do poder público para o setor de blockchain e criptomoedas por acreditar no potencial transformador desta tecnologia para moldar o novo futuro da economia digital.