Segurança

Vereador de Búzios (RJ) teria usado criptomoedas para lavar dinheiro ilícito com Faraó do Bitcoin

O Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) deflagrou nesta sexta-feira (18) uma nova ação. Um dos alvos foi o vereador do município de Armação de Búzios, na Região dos Lagos do Rio de Janeiro, Lorram Gomes da Silveira.

Ele enfrenta acusações de ter lavado dinheiro obtido de forma ilícita por meio de criptomoedas. De acordo com as investigações, Glaidson Acácio dos Santos, o Faraó do Bitcoin, e Carlos Alexandre da Silva, intermediaram as operações com cripto.

Operação Cryptolavagem

Conforme informou a Agência Brasil, a polícia apreendeu R$ 48 mil na casa do vereador. A apreensão ocorreu no âmbito da Operação Cryptolavagem, que cumpriu mandados de busca e apreensão. A 1ª Vara Especializada do Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ) foi quem emitiu os mandados em questão.

A operação desta sexta é uma nova ação da fase dois da Operação Plastografos. Esta operação ocorreu em abril de 2021 e, na época, o Gaeco ajudou a desarticular uma quadrilha cujo líder era o vereador Lorram. Além disso, o grupo também tinha outros servidores da prefeitura de Búzios.

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Conforme informou o MP, Lorram teria usado ativos cripto para ocultar a origem ilícita de valores obtidos com a venda de alvarás em Búzios.

Ainda de acordo com as investigações, o atual vereador de Búzio exerceu, entre novembro de 2018 e maio de 2019, um cargo na comissão de chefe de Gabinete do então prefeito da cidade André Granado. E foi neste período em que Lorram teria praticado os crimes citados.

Além disso, na época, ele já tinha sido “acusado de ter promovido, constituído, financiado e integrado organização criminosa” com foco em praticar delitos de corrupção passiva, uso de documento falso e estelionato. Tudo isso envolveu a emissão de alvarás no município.

A 1ª Vara determinou, então, o afastamento do vereador de suas funções públicas. Lorram está em seu terceiro mandato e ocupou o cargo de vereador de Búzios também entre 2009 e 2016.

Glaidson é investigado no caso

Conforme dito acima, a ação do Gaeco também investiga Glaidson e Alexandre da Silva, por crime de lavagem de dinheiro.

Preso desde agosto do ano passado, Glaidson responde por crimes contra o sistema financeiro nacional, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

Glaidson deve, hoje, cerca de R$ 4,4 bilhões a clientes da GAS Consultoria Bitcoin, uma de suas empresas com sede em Cabo Frio, também na Região dos Lagos do Rio. Por meio desta empresa, Glaidson teria aplicado um golpe de pirâmide financeira em milhares de pessoas.

De acordo com a PF, Glaidson enganou mais de 67 mil pessoas com suas falsas promessas de altos retornos por meio de criptomoedas.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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