Foto: Freepik - Montagem: CriptoFacil
Os dados não são exatamente precisos, devido à falta de transparência do presidente de El Salvador, Nayib Bukele. Mas, com base no que ele publicou no X (antigo Twitter), estima-se que seus investimentos em Bitcoin (BTC) não estejam lucrativos.
De acordo com um levantamento do site nayibtracker.com, com base nos tuítes de Bukele, os investimentos em BTC do presidente de El Salvador caíram cerca de 8%.
Bukele começou a comprar Bitcoin depois que El Salvador se tornou o primeiro país do mundo a dar curso legal para a maior criptomoeda do mercado, em setembro de 2021. Ele segue apoiando o BTC e estimula seus cidadãos a usarem o ativo digital.
Depois que o BTC se tornou a moeda oficial do país da América Central, Bukele informou que o país acrescentaria um Bitcoin por dia ao seu balanço patrimonial. Não se sabe se ele tem feito isso, de fato. Mas fato é que o presidente de El Salvador recebeu – e segue recebendo – duras críticas por essa decisão.
Conforme mostra o site NayibTracker, Bukele comprou um total de 3.120 BTC. O preço médio da compra é de US$ 40.498 por Bitcoin, de acordo com os dados.
Ao todo, Bukele gastou mais de US$ 126 milhões na criptomoeda. Agora, com a desvalorização do criptoativo, seu portfólio vale US$ 116 milhões. Ou seja, ele perdeu mais de US$ 10 milhões, ou cerca de 8%.
Quando El Salvador adotou o BTC, a criptomoeda quebrava recordes atrás de recordes e, em novembro de 2021, atingiu seu topo histórico de US$ 69.000 – recorde não quebrado até hoje.
Dessa forma, todo o BTC que o presidente de El Salvador comprou ficou abaixo do máximo histórico. Na verdade, Bukele chegou a comprar 420 BTC ao preço de US$ 60.345.
Naturalmente, se não vender no prejuízo, Bukele tem tempo pela frente para voltar a lucrar com os investimentos.
Vale ressaltar que o Bitcoin já parece ter levado bons ventos a El Salvador. Conforme noticiou o CriptoFácil, Max Keiser, defensor do Bitcoin e membro do Escritório Nacional de Bitcoin do país, afirmou que a presença do ativo digital desempenhou um papel crucial na neutralização da influência de gangues, desmonetizando suas operações ilegais.
Keiser destacou que o BTC retirou o controle monetário das gangues que anteriormente extraíam até 30% da renda dos salvadorenhos por meio de extorsões nas ruas.
Além disso, ele enfatizou que a natureza descentralizada e inconfiscável do Bitcoin dificulta a continuidade do financiamento desses criminosos às custas dos cidadãos.
“Não há violência ou coerção que possa levar meus Bitcoins. Você tem que vir até mim em paz se quiser fazer uma negociação comigo”, disse Keiser.
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