Economia

Usuários enviam Bitcoins para carteira da Alemanha em ‘protesto’ pela venda de BTC

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Recentemente, o governo da Alemanha recebeu US$ 420 em Bitcoin de diversas carteiras desde que finalizou uma massiva venda de US$ 3 bilhões em ativos confiscados.

Esse movimento, interpretado como um protesto, trouxe mensagens simbólicas e, em alguns casos, odiosas de usuários de Bitcoin. Isso destaca a tensão entre entusiastas de criptomoedas e autoridades governamentais.

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Semanas atrás, o mercado de criptomoedas sofreu pela decisão do governo da Alemanha de vender grandes quantidades de Bitcoin apreendidos. O governo despejou esses ativos em várias plataformas de criptomoedas e empresas de negociação, gerando preocupações sobre a pressão de venda no mercado.

Na sexta-feira passada, a plataforma de análise Arkham sinalizou que as carteiras associadas ao governo da Alemanha estavam vazias, após transferências bilionárias nos dias anteriores.

Venda de Bitcoins pela Alemanha

Desde o esgotamento dos cofres de Bitcoin do governo da Alemanha, a carteira do governo começou a receber diversas transações pequenas, mas significativas. Um exemplo é uma transação de US$ 118 enviada no sábado.

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Além do valor monetário, essas transações carregam mensagens incorporadas no campo OP_Return. Trata-se de um método de armazenamento de dados em transações de Bitcoin.

Uma mensagem, traduzida do alemão, dizia: “Você nos dá um palco lindo e sem censura”, evidenciando o uso do blockchain para expressar opiniões sem censura.

Entretanto, nem todas as mensagens foram pacíficas. Isso porque em várias ocasiões, uma carteira com o sobrenome de Adolf Hitler enviou US$ 0,88, um código numérico supremacista branco. Outra transação incluía um endereço de carteira contendo o nome completo de Elon Musk. Uma terceira, com o texto “FucKyou”, enviou US$ 4 ao governo da Alemanha, em mais uma demonstração de protesto da indústria cripto.

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Essas transações, muitas vezes simbólicas, utilizam o OP_Return, que marca a saída de uma transação como inválida, tornando o Bitcoin gasto irreversível e sem valor real. A técnica CoinJoin também foi empregada por alguns remetentes.

CoinJoin mistura vários pagamentos em uma única transação, preservando o pseudoanimato dos remetentes e destinatários, complicando a rastreabilidade.

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Cassio Gusson

Cássio Gusson é jornalista há mais de 20 anos com mais de 10 anos de experiência no mercado de criptomoedas. É formado em jornalismo pela FACCAMP e com pós-graduação em Globalização e Cultura. Ao longo de sua carreira entrevistou grandes personalidades como Adam Back, Bill Clinton, Henrique Meirelles, entre outros. Além de participar de importantes fóruns multilaterais como G20 e FMI. Cássio migrou do poder público para o setor de blockchain e criptomoedas por acreditar no potencial transformador desta tecnologia para moldar o novo futuro da economia digital.

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