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Trezor produzirá chips para suas carteiras de criptomoedas visando entrega em massa

A popular fabricante de carteiras de criptomoedas de hardware (“hard wallet”) Trezor informou nesta segunda-feira (27) que passará a produzir os seus próprios chips de silício, após ter assumido o controle de sua cadeia de fornecimento. O objetivo da empresa é acelerar a distribuição de sua carteira de ativos digitais.

De acordo com um comunicado da Trezor, a empresa irá facilitar a fabricação de seu próprio componente principal, o invólucro de chip, para seu principal produto, o Trezor Model T. Segundo a fabricante, o novo invólucro de chip melhora a segurança do dispositivo. Ao mesmo tempo, reduz de forma significativa os prazos de entrega para produção em massa.

Além disso, a mudança otimiza a produção de dispositivos, eliminando a dependência de terceiros na cadeia de suprimentos. Conforme destacou Štěpán Uherik, diretor financeiro (CFO) da Trezor, a empresa buscou, de várias formas, agilizar a fabricação:

“As reviravoltas na demanda por carteiras de hardware e a interrupção da cadeia de suprimentos de silício que vimos nos últimos anos foram um problema que precisávamos resolver. Ao descompactar o processo, identificando áreas onde poderíamos assumir o controle e colaborando com nosso parceiro STMicroelectronics de novas maneiras, conseguimos tornar a fabricação o mais ágil possível”, disse ele.

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Ainda segundo o CFO, a ação de produzir os próprios chips adiciona mais liberdade de design para produtos futuros. Além disso, ajuda a empresa a sustentar a sua liderança no espaço cada vez mais competitivo de carteiras de cripto de hardware.

Trezor fabrica chips visando produção em massa

Na prática, a mudança fará com que a empresa reduza os prazos de entrega no ciclo de dois anos para alguns meses. Conforme ressaltou a Trezor, isso eliminará atrasos no envio de produtos e protegerá os consumidores da exposição às flutuações de preço com base na oferta e demanda de componentes.

Como noticiado anteriormente, após o colapso da FTX em maio do ano passado a demanda por carteiras Trezor aumentou em 300%. Isso porque os investidores de cripto correram para mover seus ativos de exchanges  centralizadas para a autocustódia.

O gerente de vendas da STMicroelectronics, Tomáš Pokorný, destacou que o modelo de negócio escolhido é muito singular e pode ser aplicado em casos excepcionais.

“Em primeiro lugar, como fabricante, exigimos grandes quantidades mínimas de pedidos. Em segundo lugar, o cliente deve ter know-how específico para encapsular componentes semicondutores. Estamos muito felizes por existir uma empresa como a Trezor na República Tcheca, com a qual conseguimos implementar este projeto com sucesso”, acrescentou.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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