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O Departamento de Justiça dos Estados Unidos anunciou nesta terça-feira (26) que prendeu o trader de criptomoedas por trás do suposto esquema de pirâmide “Coin Signals”.
Jeremy Spence teria deixado um prejuízo de US$ 5 milhões (mais de R$ 26 milhões) com o golpe aplicado em 170 vítimas.
De acordo com a nota do departamento de justiça, o acusado de 24 anos prometia investimentos em criptomoedas através de um fundo particular.
Para atrair as vítimas, ele teria falsificado os retornos do fundo para fazer parecer que eles eram lucrativos.
Em janeiro de 2018, por exemplo, o fundo adulterado mostrava um rendimento mensal de 148%. Mas, na verdade, ele acumulava prejuízos.
Conforme destacou a promotora de Manhattan, Audrey Strauss, o golpe em questão deve servir de alerta para os investidores.
Segundo ela, é preciso se educar sobre o mercado de criptomoedas “antes de serem vítimas de golpes que prometem grandes retornos para pequenos investimentos que são de fato bons demais para serem verdade.”
Além de forjar o retorno do fundo, o acusado também usava dinheiro de novos investidores para pagar outros. O objetivo, como é clássico em esquemas de pirâmide, é manter o “negócio” funcionando para fazer ainda mais vítimas.
“Quer seja investindo em dinheiro, ações ou moeda digital, nosso conselho para os investidores sempre permanece o mesmo: exerçam a devida diligência e, quando algo simplesmente não parecer certo, denuncie atividades suspeitas às autoridades”, disse o diretor assistente do FBI, William F. Sweeney Jr.
O golpe de Spence começou em novembro de 2017 e funcionou até abril de 2019. Nesse período, o acusado atraía investidores para participarem de seu fundo.
Os interessados deveriam transferir criptomoedas como Bitcoin e Ethereum para que ele fizesse o suposto investimento.
Além disso, para evitar que os investidores conseguissem realizar resgates, ele gerou saldos fictícios em contas que disponibilizava aos clientes. Assim, eles pensavam que estava lucrando com o investimento.
Spence foi preso na manhã desta terça e responderá por crime de fraude de commodities, que acarreta uma pena máxima de 10 anos de prisão.
Também responderá por fraude eletrônica cuja pena máxima é de 20 anos de prisão.
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