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A Tether, emissora da maior stablecoin do mundo, a USDT, pode lançar uma nova stablecoin voltada exclusivamente ao mercado dos Estados Unidos. A possibilidade foi levantada por Paolo Ardoino, CEO da empresa, durante entrevista ao Financial Times divulgada nesta segunda-feira (7).
Conforme destacou Ardoino, a criação da stablecoin exclusiva para os EUA dependerá da forma como avançarem as discussões regulatórias em curso no país. O executivo afirmou que, caso as novas regras tornem as stablecoins competitivas no território norte-americano, a Tether poderá considerar a emissão de uma moeda local.
A proposta, de acordo com Ardoino, seria oferecer uma moeda voltada para liquidações dentro dos Estados Unidos. A medida pode funcionar como resposta às possíveis exigências regulatórias que estão em avaliação por parte do governo do presidente Donald Trump.
Entre outras coisas, é possível que as novas regram incluam a obrigatoriedade de emissores estrangeiros seguirem as leis norte-americanas caso operem com criptoativos no país.
Ainda segundo o CEO, a atual administração vê as stablecoins como instrumentos importantes para o sistema financeiro dos Estados Unidos.
As stablecoins são ativos digitais que mantêm paridade com moedas fiduciárias tradicionais, geralmente o dólar dos EUA como a USDT, da Tether, e a USDC, da Circle – as duas maiores moedas digitais estáveis em valor de mercado.
Enquanto a USDT está avaliada em US$ 144 bilhões, a USDC vale pouco mais de US$ 60 bilhões, de acordo com dados do CoinGecko.
As stablecoins desempenham um papel central no mercado de criptomoedas. Isso porque facilitam a liquidez, transferências rápidas e redução de volatilidade nas negociações de ativos digitais.
A Tether ainda não se pronunciou oficialmente sobre os planos para o novo token ou sobre os detalhes das conversas com autoridades dos EUA. Atualmente, a empresa é responsável por mais de US$ 100 bilhões em USDT em circulação, sendo líder no setor de stablecoins em volume e capitalização de mercado.
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