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O Telegram anunciou que todas as carteiras de criptomoedas na plataforma deverão usar a blockchain TON como parte de uma nova parceria exclusiva com a TON Foundation. Essa decisão impacta diretamente os serviços que utilizam outras redes, forçando uma migração total até 21 de fevereiro.
A TON Foundation confirmou a exigência, informando que todas as carteiras de terceiros precisarão utilizar o protocolo TON Connect para continuar operando no ecossistema do Telegram. Caso contrário, essas carteiras serão suspensas da plataforma.
Os aplicativos que operam em outras blockchains precisarão transferir ativos, migrar contratos inteligentes e adotar exclusivamente o TON Connect. Essa mudança, naturalmente, está dividindo opiniões. Afinal, enquanto alguns veem isso como uma evolução do ecossistema TON, outros questionam a centralização imposta pelo Telegram.
Empresas já começaram a se adaptar. A Bitget Wallet Lite, por exemplo, integrou o TON Connect em 16 de janeiro, permitindo que seus usuários interajam diretamente com a blockchain TON dentro do Telegram.
A decisão do Telegram gerou polêmica. O cofundador e CEO da Grindery Wallet, Tim Delhaes, criticou a medida, alegando que o Telegram está “seguindo os passos das Big Techs” e criando monopólios. Além disso, ele apontou a falta de tempo adequado para os desenvolvedores se ajustarem às novas regras.
Essa exclusividade levanta dúvidas sobre a capacidade da TON de suportar o aumento de atividades na rede e pode resultar em um êxodo de Mini Apps para outras plataformas.
O TON Connect é um protocolo de comunicação entre carteiras e aplicativos dentro do ecossistema TON. Ou seja, ele substitui logins e senhas convencionais, permitindo autenticação rápida e segura. A partir das novas diretrizes, apenas carteiras conectadas via TON Connect poderão operar dentro do Telegram.
O Telegram também bloqueará tokens e NFTs de outras blockchains, como Ethereum e BNB, conforme estipulado nos novos termos de serviço.
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