O Superior Tribunal de Justiça decretou que os operadores da Indeal devem continuar presos por conta dos supostos crimes de pirâmide financeira que atingiram inúmeras pessoas em todo o Brasil e até no exterior. A decisão foi publicada no Diário Oficial e atinge, em tese, todos os indiciados pelo Ministério Público no âmbito da investigação da Operação Egypto.
Os réus no caso são Ângelo Ventura da Silva, Régis Lippert Fernandes, Marcos Antônio Fagundes, Tássia Fernanda da Paz, Francisco Daniel Lima de Freitas, Karin Denise Homem, Fernanda de Cássia Ribeiro, Neida Bernadete da Silva, Paulo Henrique Godoi Fagundes, Flávio Gomes de Figueiredo, Marcos Antônio Junges, Sandro Luiz Ferreira Silvano, Anderson Gessler, Vilnei Edmundo Lenz e Fernando Ferreira Júnior.
Mais de 20 carros de luxo foram apreendidos com sócios da Indeal, além de quase 4 mil Bitcoins mantidos em uma carteira na Poloniex. Clientes da Indeal também ingressaram com ações na Justiça estadual pedido a liberação dos valores investidos, mas decisões já tomadas bloqueiam quantias e bens apreendidos da empresa, de seus sócios e companheiros.
“Cabe aos interessados diligenciarem por seus meios os documentos e informações que lhes possam ser úteis em eventual demanda cível não havendo direito prévio a que a ação penal, e notadamente a investigação policial, sirvam aos interesses privados”, destaca o juiz na decisão.
Segundo o portal VS, de acordo com o MPF, os sócios captaram mais de R$1 bilhão de 38.157 pessoas físicas e jurídicas, sendo que a maior parte desse valor era em moeda nacional. Eles aplicaram grande parte das parcelas destes recursos em modalidades de investimento diferente do prometido aos clientes. Além disso, destinaram significativa parte dos valores, direta ou indiretamente, aos sócios, seus familiares e colaboradores da empresa, que apresentaram aumento patrimonial de 114.000%, em alguns casos, entre os anos de 2017 e 2019.
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